Aparecimento tardio da ferrugem no café exige mudanças no calendário de controle da doença para evitar prejuízos

Publicado em 01/02/2017 11:10
Confira a entrevista de Sara Chalfoun - Pesquisadora da Epamig Sul
Controle que começaria em outubro deve ser adiado para os primeiros meses do ano seguinte

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Confira a entrevista de Sara Chalfoun - Pesquisadora da Epamig Su

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A pesquisadora Sara Chalfoun, da Epamig Sul, faz um alerta aos cafeicultores que diz respeito à presença de ferrugem nos cafezais. Os produtores precisam ficar atentos a uma mudança de comportamento no aparecimento da doença, já que as mudanças climáticas fizeram com que a curva de evolução da ferrugem se iniciasse tardiamente.

Segundo Chalfoun, todos aqueles que fizeram a aplicação tradicional em outubro e novembro devem ficar novamente atentos agora. Estudos comprovaram que, a partir do mês de fevereiro, a ferrugem começa a aumentar e atinge um pico.

Isso se deve às temperaturas mais elevadas no final do ano que atrasam a proliferação do fungo e também a um inverno com temperaturas mais altas que mantém o ciclo de desenvolvimento do fungo. Com isso, há uma necessidade de prolongar as aplicações para o mês de abril.

"Não podemos engessar a época de controle", aponta a pesquisadora. Ela destaca que as primeiras aplicações, portanto, podem ser perdidas, já que a ferrugem ainda não estará no campo. "Muitos chamam de ferrugem tardia, mas já é um padrão de aparecimento da doença", conta.

Ela aconselha os produtores a observarem para verificar a presença da ferrugem, ou a realização de uma amostragem. Ao ultrapassar os 5% de incidência, o controle deve ser acionado. A pesquisadora explica que a doença sobe geometricamente, logo, é preciso ter uma atenção bastante criteriosa para acertar o controle e não realizar aplicações excessivas.

Os produtos utilizados, logo, são os mesmos, mudando apenas a época de controle. A ferrugem não está ficando resistente aos produtos, mas é importante levar que as boas condições para os cafezais também são boas para o aparecimento da enfermidade.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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