Aumento da incidência de broca do café nas últimas 3 safras acende sinal de alerta sobre eficiência no controle da praga

Publicado em 08/08/2017 10:40
Confira a entrevista com Julio César de Souza - Pesquisador da Epamig
O pesquisador Júlio César de Souza, da Epamig , fala sobre a importância do manejo tradicional , principalmente do monitoramento da lavoura na época certa e também analisa a eficiência dos tratamentos químicos disponíveis atualmente no mercado

O pesquisador Júlio César de Souza, da Epamig, conversou com o Notícias Agrícolas para ajudar a entender a evolução da broca do café e também alertar o cafeicultor que está preocupado com a presença do fungo nas lavouras.

Ele destaca que, até 1970, a cafeicultura era "arcaica", com quase 100% de incidência do fungo nas lavouras, uma vez que a condição das lavouras favorecia sua sobrevivência, além de que o único inseticida registrado era aplicado na época chuvosa. Após 1970, a cafeicultura se tornou moderna, com lavouras mais espaçadas, o que foi desfavorável ao fungo. Assim, as infestações diminuíram.

Porém, em 2014, os agricultores passaram a plantar sem nenhum monitoramento devido a produtos que apresentaram baixa eficácia ou foram proibidos. Em 2015, surgiu a pesquisa para novos inseticidas, resultando no Ciazipir (Ciantraniliprole), mas os altos preços não foram absorvidos pelo mercado, além de sua eficiência ser questionada por alguns cafeicultores.

A broca perfura frutos em qualquer estágio de maturação. Souza recomenda que o monitoramento seja feito 90 dias após a florada, com a realização de uma segunda aplicação 30 dias depois. Esse fungo se alimenta e deteriora sementes de certa dureza. Assim, os cafeicultores devem utilizar uma planilha específica para a cultura de café arábica para realizar esse controle. Se o monitoramento não for feito e a broca continuar viva, a semente perderá em peso e em qualidade.

Hoje, um dos produtos que mais dá esperança para o controle da broca no mercado é o Ethiprole, que deve ter uma aplicação de 2,5L por hectare. Produtos como o Endosulfan, que já foi utilizado para combater o fungo das lavouras, não são mais utilizados, já que "a sociedade não aceita mais produtos altamente tóxicos", detalha o pesquisador.

A planilha específica foi desenvolvida pela própria Epamig, que disponibiliza uma circular para orientar o cafeicultor a monitorar as suas lavouras. Além do site da Epamig, é possível encontrar este material em cooperativas de café.

Acesse o site da Epamig: www.epamig.br

Ou entre em contato: (35) 3821-6244 // [email protected]

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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