Café: Com clima adverso, qualidade da safra 2019/20 pode ser menor em São Pedro da União (MG)

Publicado em 29/11/2018 10:15
Fernando Barbosa - Produtor Rural - São Pedro Da União/MG
Chuvas atuais contribuem para o crescimento dos ramos dos cafezais, mas traz desuniformidade para a safra 2019/20. produtores também se preocupam com a queda dos chumbinhos. Saca de café é cotada a R$ 435,00 na região, mas não cobrem os custos de produção da safra 2018/19.

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Entrevista com Fernando Barbosa - Produtor Rural - São Pedro Da União/MG sobre o Acompanhamento de Safra do Café

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O volume de chuva que caiu na região de São Pedro da União (MG) no período de plantio do café pode prejudicar a qualidade da produção local. O tempo úmido alterou o planejamento da aplicação dos fertilizantes, aumentou a probabilidade de aparecimento de fungos e bactérias e causou desuniformidade para a safra 2018/2019, o que pode diminuir a qualidade da colheita.

“Ocorreu um amadurecimento das plantas mais cedo e já estamos indo para a quarta florada. Temos grãos graúdos já até em fase de granação, grãos medianos, alguns bem pequenos e florada. Estamos com uma lavoura muito bonita e tem até nos beneficiado no crescimento dos ramos. Porém, podemos ter para a próxima safra a mesma quantidade dos últimos ano, mas talvez não a mesma qualidade. O produtor tem que fazer a colheita com atenção para manter a qualidade, pois vai encontrar grãos em evoluções diferentes”, alerta Fernando Barbosa, produtor rural de São Pedro da União (MG).

Outro fator que preocupa os produtores de café da região são os preços para a venda da produção que giram em torno de R$ 435,00, ou entre 418/420 reais após descontar os custos de armazenagem. “Como a qualidade da última safra foi boa, a maioria dos produtores já tem seus compromissos com os armazéns e vão entregando gradativamente. Inclusive muitos produtores já programaram antecipadamente parte da safra futura. O custo de produção está elevado, especialmente para o café de montanha e para quem faz o processo manual, a produção fica muito mais onerosa e vai sobrar menos dinheiro em caixa, talvez até mesmo equalizar com os custos. Já sabemos de algumas fazendas que trabalham no negativo porque não conseguiram produtividade para cobrir os custos”, conta Barbosa.

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Por:
Fernanda Custódio e Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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