Café: Após baixas, mercado anda de lado esperando por notícias sobre clima, produtividade e Coronavírus

Após a Bolsa de Nova York (ICE Future US) voltar a registrar quedas expressivas na sessão de segunda-feira e sites internacionais sinalizaram os números expressivos de chuvas nas regiões produtoras de café na semana passada, Haroldo Bonfá, analista de mercado da Pharos Consultoria, destaca que além das chuvas, o mercado global como um todo ainda aguardam novidades sobre o Coronavírus, o que também pode influenciar nos preços em Nova York. 

Produtores de café estão novamente enfrentando preços abaixo de 100 cents/lbp, o que reflete diretamente também no mercado interno brasileiro e já começa a gerar preocupação para todo o setor cafeeiro. De acordo com o analista, enquanto novas notícias não forem divulgadas, a tendência é de que os principais contratos continuem registrando baixas nos próximos dias. Segundo Haroldo, gráficos apontam 80% de chances das quedas continuarem a curto prazo. "Estamos aguardando notícias que possa ou empurrar para cima ou para baixo. É normal, é do mercado, estamos aguardando para ver como vai de desenvolver", afirma. 

Segundo Haroldo, as principais bolsas internacionais tiveram uma quarta-feira mais positiva, porque há rumores de que novas informações de que uma regressão do Coronavírus seja divulgado nos próximos dias, indicando um possível controle da doença. Explica ainda que mesmo que as notícias sejam positivas, para o mercado do café os preços podem demorar um pouco mais para sentir os impactos positivos de uma recuperação. Segundo ele, as respostas devem aparecer antes para mercados como da soja e de carnes. 

Um fator positivo para os preços do café, segundo o analista, são os números divulgados pela Colombia, que apontaram uma redução de 19% na produção de café arábica no mês de janeiro, quando comparado com 2019 e uma redução de 6% nas exportações - também na comparação entre janeiro 2019 e janeiro 2020."O café Colombiano é super importante para a formação de preços em Nova York e com isso podemos ter uma pressão para o preço subir", comenta. 

Veja a entrevista completa com Haroldo Bonfá nom vídeo acima