Clima e safra no Brasil, incerteza com a demanda e venda dos fundos pressionam e café finaliza com queda acima de 900 pontos

Publicado em 14/09/2020 16:49 e atualizado em 15/09/2020 08:58
Fernando Maximiliano - Analista de Café da StoneX
Além das questões técnicas, analista destaca que mercado já esperava uma correção nos preços após altas expressivas na última semana

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Entrevista com Fernando Maximiliano - Analista de Café da StoneX sobre o Mercado do Café

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O mercado futuro do café arábica encerrou o primeiro pregão da semana com baixas acima de 900 pontos para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). De acordo com análise de Fernando Maximiliano, da StoneX, após várias sessões de valorizações, novas previsões de chuvas para áreas do sul de Minas Gerais deram suporte de queda para os preços nesta segunda-feira (14). Depois de estabelecer os preços na casa dos 130 centavos por libra-peso, o mercado volta a operar abaixo de 125.

Dezembro/20 tinha queda de 940 pontos, valendo 123,05 cents/lbp, março/241 teve queda de 910 pontos, negociado por 124,30 cents/lbp, maio/21 encerrou com queda de 895 pontos, negociado por 125,40 cents/lbp e julho/21 encerrou com baixa de 885 pontos, negociado por 126,50 cents/lbp. 

"A Somar Meteorologia disse segunda-feira que as regiões cafeeiras do Brasil receberiam de 20 a 35 mm de chuva na semana a partir de 20 de setembro", também destacou o site internacional Barchart em sua análise diária. Na última semana, o mercado voltou às atenções para o clima no Brasil, que passa pelo déficit hídrico mais severo nos últimos anos. 

Fernando destaca que o mercado vem registrando um movimento muito forte de alta, inclusive com preços consolidados nos patamares de 130 centavos por libra-peso. "Nós precisamos lembrar que ainda há uma perspectiva no balanço de oferta e demanda, ainda estamos falando de um de produção alta para o Brasil e hoje vemos essa grande correção nos preços", comenta. 

Além disso, o analista destaca que o setor aguarda os números da GCA (Green Coffee Association), que deve divulgar as condições dos estoques americanos na próxima terça-feira, dia 15. "Isso pode dar um incentivo do que está acontecendo nos Estados Unidos", comenta o analista. 

O mercado do futuro do conilon também finalizou o dia com desvalorização na Bolsa de Londres. Novembro/20 teve queda de US$ 46 por tonelada, negociado por US$ 1387, janeiro/21 teve baixa de US$ 44 por tonelada, valendo US$ 1401, março/21 teve queda de US$ 42 por tonelada, valendo US$ 1416, maio/21 teve queda de US$ 41 por tonelada, valendo US$ 1430.

No Brasil, as cotações acompanharam o exterior e finalizaram o dia com baixas nas principais praças produtoras do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve baixa de 7,97% em Guaxupé/MG, valendo R$ 577,00. Patrocínio/MG registrou baixa de 7,38%, valendo R$ 565,00. Araguarí/MG teve queda de 5%, valendo R$ 570,00, Varginha/MG registrou baixa de 6,35%, negociado por R$ 590,00 e Campos Gerais/MG finalizou com desvalorização de 8%, negociado por R$ 575,00.

O café tipo cereja descascado teve queda de 7,46% em Guaxupé/MG, valendo R$ 620,00. Patrocínio/MG registrou baixa de 6,82%, valendo R$ 615,00. Varginha/MG registrou queda de 5,80%, negociado por R$ 650,00. Campos Gerais/MG encerrou com desvalorização de 7,30%, valendo R$ 635,00.

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Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

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