Café: Altas nos preços não refletiram em volumes de negócio e analista alerta sobre necessidade de participação do produtor
Café: Altas nos preços não refletiu em volumes de negócio e analista alerta sobre necessidade de participação do produtor
![]()
Depois de avançar durante a semana, o mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta sexta-feira (22) com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US) e também no terminal de Londres.
Março/24 teve queda de 80 pontos, negociado por 192,80 cents/lbp, maio/24 teve desvalorização de 85 pontos, cotado por 190,25 cents/lbp, julho/24 teve queda de 75 pontos, cotado por 190,20 cents/lbp e setembro/24 teve baixa de 65 pontos, cotado por 190,80 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o mercado conilon encerrou com desvalorização. Março/24 teve queda de US$ 127 por tonelada, negociado por US$ 2837, maio/24 teve queda de US$ 104 pontos, cotado por US$ 2766, julho/24 teve baixa de US$ 87 por tonelada, valendo US$ 2704 e setembro/24 registrou queda de US$ 75 por tonelada, negociado por US$ 2662.
A semana foi marcada pela preocupação da safra da Ásia. Os números mais recentes do USDA mostram queda de pelo menos 3,8 milhões de sacas no Vietnã (em relação a estimativa divulgada anteriormente) e a safra sendo colhida deve ficar em torno de 27.5 milhões de sacas. Já na Indonésia, a expectativa de uma produção de 9.7 milhões de sacas, o que representa queda de 2,15 milhões de sacas para o ciclo atual.
Apesar da valorização nos últimos dias, o produtor ainda continua participando pouco do mercado. Para os próximos dias, o analista Gil Barabach destaca que é importante que participe para não perder oportunidades. A tendência é que a preocupação com a oferta global, assim como com as condições das lavouras do Brasil continuem dando suporte aos preços.
Mercado Interno
No mercado interno, as cotações para o café terminaram a semana com poucas movimentações. O café arábica tipo 6/7, na região de Guaxupé/MG a saca do café terminou o dia negociado em R$ 990,00 por saca e teve baixa de 1,00%. Em Campos Gerais/MG, o preço da saca teve recuo de 0,96% e finalizou a semana precificada em R$ 1.033,00. Já em Franca/SP, a saca teve baixa de 0,97% e está cotada em R$ 1.020,00.
No caso do café arábica tipo 6, o preço do café em Machado/MG teve desvalorização de 0,96% terminou o dia valendo R$ 1.030,00 por saca. Já em Campos Gerais/MG, o café finalizou o dia precificado em R$ 1.046,00 por saca e com recuo de 0,95%, enquanto em Franca/SP o café fechou o dia com desvalorização de 0,95% e cotado em R$ 1.040,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 0,93% em Guaxupé/MG, em que está cotado em R$ 1.062,00 por saca. Em Campos Gerais/MG, a cotação do café terminou o dia em R$ 1.106,00 por saca e teve queda de 0,90%.
1 comentário
Café: Perspectivas de chuvas no BR consolidam novamente baixas em NY no fechamento desta 6ª feira (19)
Consumidores de café dos EUA enfrentam preços mais altos mesmo após retirada de tarifas
Preços do café caminhavam em lados opostos nas bolsas internacionais na manhã desta 6ª feira (19)
Preços do café recuam nas bolsas internacionais e atingem mínimas de 4 meses nesta 5ª feira (18)
Região de Franca/SP registra bom pegamento da florada do café para safra 2026
Preços do café no Vietnã caem ao menor nível desde março de 2024 com aumento da oferta
Marcelo Fraga Moreira São Paulo
Infelizmente os aumentos dos precos/cotacoes em NY nao foram repassadas aos produtores. As tradings/destino final aumentaram o diferencial de compra para tentar originar mais barato na origem procurando mitigar o prejuizo que estao tomando. Aparentemente os produtores estao aprendendo a fazer conta! Robusta continua firme. Se o produtor tiver calma ainda acredito que vai conseguir em breve vender Robusta acima dos +800 R$ e arabica acima dos +1.100/+1.150 R$/saca