Operação Carne Fraca gera incertezas no mercado de suínos e pode afetar as exportações

Publicado em 24/03/2017 16:46
Confira a entrevista deJuliana Pila - Analista Scot Consultoria
No primeiro bimestre de 2017, país embarcou 20% a mais de carne do que o registrado no mesmo período do ano anterior. Setor ainda segue preocupado com o embargo por parte da China, grande comprador de carne suína brasileira. Na semana, preços se mantiveram firmes com a arroba a R$ 88,00 em São Paulo.
De acordo com a analista de mercado Juliana Pila, da Scot Consultoria, o mercado interno de suínos permaneceu firme nas granjas ao longo da semana. No atacado, no entanto, houve uma queda na carcaça de suíno de 4,3% na semana, de R$7 para R$6,70 o quilo, atribuída às vendas travadas nos últimos dias, com menor necessidade dos compradores de se abastecerem.

 

O poder aquisitivo dos consumidores também se mostra debilitado. Os efeitos da operação Carne Fraca, da Polícia Federal, são considerados, já que gera incertezas tanto no mercado doméstico quanto no mercado externo, mas a segunda quinzena do mês é tradicionalmente conhecida pela retração no consumo.

As exportações de carne suína, por sua vez, estavam indo em um bom ritmo até o momento, como aponta Pila. No primeiro bimestre do ano, foi exportado 20% a mais de carne em relação ao mesmo período do ano passado. Após a retaliação temporária por parte de alguns países - principalmente, da China, que representou 30% das exportações de suínos brasileiras no ano, até o momento - o mercado doméstico também poderá sofrer alguns impactos, já que o aumento de oferta no mercado interno deve gerar pressão sobre os preços.

Para o suinocultor, os patamares de preços estão 33% maiores em relação ao ano passado, na avaliação da analista da Scot. Porém, ela diz que os impactos dos próximos dias ainda devem ser aguardados. O momento, portanto, é de cautela para todos os integrantes do setor - tanto produtores quanto compradores. "Qualquer decisão precipitada pode estar desalinhada com o mercado quando ele voltar a atuar de acordo com os fundamentos", analisa Pila.

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Por:
Fernanda Custódio e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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