DA REDAÇÃO: Perdas sul-americanas de soja já estão precificadas em Chicago
Com isso, não deve haver maiores elevações do que os patamares atuais, “a menos que haja perda maior provocada pelo La Niña ou alteração no mercado financeiro”, diz. Esse cenário é a realidade do mercado desde o passado, a partir da preocupação de que a Europa não teria demanda suficiente para a soja.
Tal recessão atingiu, inclusive, a Ásia, já que a China comprou 55 milhões de toneladas do grão, quando a previsão inicial era de 59 milhões. Em Chicago, isso refletiu em 4,5% de queda durante 2012 e, no mercado físico brasileiro, as perdas foram ainda maiores: 11%.
Com a margem industrial negativa, o preço da matéria-prima precisou ser reduzido, o que deixou a indústria ausente da compra futuro. “Esse é o conjunto negativo que não consegue elevar os preços diante da redução da produção paraguaia, brasileira e argentina”, completa.
Quanto às vendas do produtor brasileiro, Mário não vê preocupação no momento. De acordo com ele, de 46 a 50% da comercialização do Brasil já aconteceu e, no período atual, a apreensão maior está na colheita – estiagem no sul ou excesso de chuva no centro-oeste.
Em fevereiro e março, a preocupação do produtor se volta novamente para os preços, com o Brasil colhendo 70 milhões de toneladas.