DA REDAÇÃO: Rio Grande do Sul estuda reutilizar água da estação de tratamento de esgoto em arrozais

Publicado em 02/02/2012 12:49 e atualizado em 02/02/2012 16:02
Arroz: Ministério Público do RS propõe reutilização das águas provenientes da estação de tratamento de esgotos de Cachoerinha/RS para irrigação das lavouras locais. Medida visa amenizar prejuízos provocados pela estiagem e deve ser implantada também no interior do Estado.
A proposta do Ministério Público do Rio Grande do Sul de reutilização da água da estação de tratamento de esgoto para irrigação de arrozais pode resolver o problema da estiagem nas lavouras da região. Um termo de cooperação para tratar do assunto será assinado pelo MP, o Irga (Instituo Rio Grandense do Arroz), a Fepan (Fundação Estadual de Proteção Ambiental) e a Cossan (Companhia Rio Grandense de Saneamento) no dia 8 de fevereiro.

A idéia do projeto surgiu de uma visita técnica a Israel, onde esses órgãos conheceram de perto tal tecnologia de irrigação, difundida há muito tempo por lá. A partir dela, um projeto piloto está sendo executado na estação de tratamento de afluentes de Cahoeirinha, município que fica a 11 km da capital Porto Alegre, próximo da estação experimental do Irga.

Isso ajudará a aliviar a escassez de água, além fornecer uma água com matéria orgânica, que contem muitos nutrientes, conforme relata Alexandre Saltz, promotor de justiça. Ele explica que, após analise técnica, essa água que sai da estação de tratamento mostrou ter mais qualidade do que a bruta retirada diretamente das bacias hidrográficas atualmente pelos produtores. O promotor ainda garante que esse tipo de irrigação não oferece qualquer risco à saúde humana.

Inicialmente, o projeto testará a aplicação da água reutilizada em algumas plantas e no arroz, avaliando a qualidade do grão que será colhido. Posteriormente, o plano será ampliado para o interior do estado, projetando açudes próximos às estações de tratamento para que o arrozeiro capte a água para a sua lavoura.

No entanto, para que a proposta seja efetivamente cumprida, será preciso que o Estado facilite a aprovação de açudes ou barragens. Como há somente três técnicos trabalhando no Departamento de Recursos Hídricos do RS, o processo tem sido demorado e os pedidos de licença ao governo acabam ficando sem resposta. 

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Por:
João Batista Olivi e Fernanda Cruz
Fonte:
Notícias Agrícolas

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