DA REDAÇÃO: Recuperação do mercado financeiro contribui para altas da soja em Chicago
Diante das últimas previsões climáticas desfavoráveis para a safra da oleaginosa, como chuvas em excesso no centro-oeste brasileiro, os números da quebra na colheita ainda não estão fechados. “O prognóstico de clima para os próximos dias não é positivo, tem mais coisas para acontecer ainda”, diz Flávio França Jr. analista da Safras & Mercado.
De acordo com França, o tamanho da safra sul-americana estaria superestimado pelo Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). “O Usda foi conservador, principalmente para o Brasil”, diz. Se esse raciocínio estiver correto, a tendência para as próximas semanas é um ajustamento para baixo nos números de safra do país.
Tal movimento poderia afetar a demanda dos Estados Unidos, algo muito aguardado, pois ajudaria na retomada dos preços da soja em Chicago: “tudo gira em torno da questão da demanda norte-americana”, afirma. Essa falta de reação é o que tem impedido altas mais fortes e, enquanto isso, “o mercado fica com viés de alta, mas não reage de maneira significativa”, diz.
Nesta segunda-feira (13), soube-se de uma venda de 120 mil toneladas dos Estados Unidos para um destino não determinado. Novidades como essas indicam que os preços tendem a subir e, com o financeiro atualmente melhor, não deve haver espaço para o mercado recuar.