DA REDAÇÃO: Mesmo com leve recuo na oferta, mercado do boi gordo continua com forte pressão baixista

Publicado em 27/07/2012 12:05 e atualizado em 27/07/2012 16:05
Boi gordo: Pressão baixista ganhou força na última semana. Escalas recuaram e mesmo com leve redução da oferta,preços baixaram por falta de procura dos frigoríficos. Referência em SP opera em R$88 e R$89 reais à vista.Excesso de chuvas em maio prolongou oferta de pasto,dificultando reação do mercado.
O mercado do boi gordo continua a apresentar fortes baixas nessa semana, e mesmo com um leve recuo na oferta, os preços caíram com a falta de procura por parte dos frigoríficos.

"Como no fim do mês o consumo é bastante lento e o mercado está encharcado de carne, a gente observa uma falta de necessidade dos frigoríficos de saírem às compras agora", diz Lygia Pimentel, analista de mercado. Como houve uma leve diminuição de animais ofertados, parece contraditório que os preços caiam, mas a falta de necessidade do produto provoca esse movimento de recuo, explica a analista.

As escalas trabalham em torno de 8 dias, enquanto que no mesmo período do ano passado esse número era de 5 dias. De acordo com Lygia, a grande maioria dos frigoríficos já estão escalados até a primeira quinzena de agosto, o que tira a necessidade de compra de animais agora, ajudando a recuar ainda mais os preços. A referência em São Paulo opera em torno de R$89,00.O excesso de chuvas de maio e junho prolongou a oferta de bois de pasto, o que não permitiu uma reação do mercado.

As altas registradas ontém(26)na BM&F se devem ao fato do cenário ter sido muito negativo nos últimos dias. "Quando o mercado recua muito, muita gente aposta na queda. Em um determinado momento o mercado sente que caiu demais e precisa colocar seu lucro no bolso", diz Lygia. Outro motivo é que apesar das chuvas em maio e junho, a entressafra já começa a mostrar seus primeiros sinais. "O que me preocupa apenas é que os custos em elevação, com milho e soja subindo bastante, podem influenciar muito a decisão do confinador, que está certamente levando prejuízo", completa. A situação, segundo a analista, pode gerar uma menor oferta de bois confinados para o segundo turno.

A longo prazo, portanto, a expectativa é positiva. No curto prazo, a tendência é que a oferta de animais recue devido à seca que deve chegar.A orientação é ficar atento às escalas de abate, que caso encurtem mais um pouco, devem trazer altas para o mercado desde que a concentração da liberação de animais confinados não seja muito intensa nesse período.
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Por:
Thaís Jorge e Ana Paula Pereira
Fonte:
Notícias Agrícolas

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