DA REDAÇÃO: Algodão encerra em alta na Bolsa de New York
Segundo o analista da Safras e Mercado, Élcio Bento, o principal fator que contribuiu para essa alta foi a notícia da possibilidade de quebra na safra norte-americana. Além disso, a possível quebra na produção da Índia, em função, das condições climáticas adversas, também colaborou para a sustentação das cotações.
“O preço de hoje é o maior desde o dia 16 de maio desse ano. possibilidade que de quebras em regiões importantes, faz o mercado buscar uma recuperação mais consistente, o cenário como um todo não espaço para oscilações”, afirmou Bento.
O analista sinaliza que os números divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) podem sofrer novas alterações. “Por enquanto vejo o mercado operando no intervalo entre 70 e 80 centavos de dólar por libra-peso”, disse.
No entanto, caso seja confirmada a quebra na produção dos EUA ou da Índia, o mercado pode buscar os 80 centavos de dólar por libra-peso. Por outro lado, caso não ocorra essa queda as cotações podem voltar ao suporte de 70 centavos de dólar por libra-peso.
“Já no Brasil, os preços internos se deslocam do internacional. Cotações mais firmes, R$ 1,60 por libra peso, um aumento de 4% em relação ao mês passado. Com a expectativa de uma safra maior, muitas empresas não anteciparam compras, pois acreditavam que os preços iriam cair, e o produtor foi ao mercado registrou muitos negócios para exportação”, explicou o analista.
Em decorrência desse cenário, Bento explica que, após esse quadro pontual os preços pagos no mercado externo irão determinar as cotações no mercado interno. E a produção brasileira supera o consumo em 900 mil toneladas, então existe a necessidade de exportar.
“Dentro da atual conjuntura estamos em uma situação de descompasso e de firmeza de preços que parece pontual, nos próximos meses teremos uma tendência de ajuste ao mercado internacional, então ainda é um bom momento para fechar negócios”, finalizou o analista.