DA REDAÇÃO: Milho não deve chegar a Santa Catarina (RS) para abastecer produtores
Além da crise nos Estados Unidos, existe o favorecimento à exportação e um apagão logístico. “Essa é a questão estamos perdendo para a logística e para a democracia, hoje você precisa de R$ 310,00 a tonelada de um frete do Mato Grosso para Santa Catarina”, disse Colatto.
A burocracia impede a Conab de comprar milho. Segundo o deputado, estamos perdendo para a burocracia e o governo está sendo incompetente para solucionar essa situação e levar o cereal para o estado de Santa Catarina, para abastecer produtores e empresas.
“Estamos eliminando um setor importante da produção que é o setor da avicultura e suinocultura, e que se nós não mantermos em pé com certeza teremos problemas sérios”, sinalizou o deputado.
Ainda de acordo com Colatto, o milho não chega e a cada dia o prejuízo é maior. “Na verdade não está acontecendo, não vemos uma solução por enquanto, a não ser que se tome uma decisão de governo passando por cima da burocracia”, finalizou.
Código Florestal - A reunião do novo Código Florestal que deveria acontecer nesta quarta-feira (22) foi adiada a próxima semana. Segundo o Deputado Federal (PMDB-SC), Valdir Colatto, parlamentares buscam um equilíbrio, entre produzir e preservar o meio ambiente.
“O Ministério do Meio Ambiente afirma que 33 milhões de hectares estão ocupados com Áreas de Preservação Permanentes (APP) e reserva legal. Já o Ministério da Agricultura diz que 85 milhões, enfim se diminuirmos essas áreas produção, só em Santa Catarina serão cerca de 1,4 milhões de hectares, conforme o estudo da Embrapa”, explicou o Deputado.
Ainda de acordo com o estudo, em torno de 65 milhões de hectares serão retirados da produção. Colatto afirma que o Código Florestal e será uma nova lei dos Caminhoneiros, “quando entrar na porteira para implantar o Código vamos ver a inviabilidade, com certeza será um código frustrante para os produtores rurais”, disse.
Ao todo são 343 destaques, mas foi feito uma acordo de cerca de 35 destaques, dos quais 5 já foram votados. “O único que nós perdemos foi a questão das áreas úmidas que serão consideradas como áreas de APP”, afirmou o deputado.
Além disso, na questão das áreas consolidadas não há um acordo, por isso será remetido para a mesa da Câmara e do Senado, e também na questão do artigo primeiro que os parlamentares concordaram em retirar da pauta da comissão.
“Trabalhamos no sentido de desengessar o processo, para que se possa implantar isso em um prazo suficiente que não criminalize os produtores e nem retire as áreas de produção, pois vamos quebrar a produção brasileira e nessa crise de grãos nós vamos pagar uma conta alta e o consumidor muito mais”, finalizou Colatto.
Questão indígena – Os representantes da frente parlamentar da agropecuária solicitaram uma audiência com o Ministro da Advocacia Geral da União, Luís Inácio Lucena Adams, e a presidenta da FUNAI, Marta Maria do Amaral Azevedo, para debater a portaria 303 que foi emitida no dia 16 de julho e revogada na semana seguinte.
Segundo o Deputado Federal, Valdir Colatto, a portaria dizia que tinha que respeitar as decisões do Supremo Tribunal Federal na questão da Raposa Serra do Sol, e que todas as decisões do governo sejam respeitadas.
“Pela pressão da área indígena foi suspensa essa portaria por 60 dias e com isso retomamos a questão anterior e com isso há uma corrida da FUNAI em busca de novas terras indígenas, sendo que nós já temos cerca de 13% do território como área indígena, em torno de 115 milhões de hectares”, afirmou Colatto.
Ainda de acordo com o deputado, mais de 418 áreas estão sendo reivindicadas pelos indígenas. “Isso está ocasionando um conflito muito grande e com certeza temos que achar uma saída para esse impasse”, afirmou.