DA REDAÇÃO: Soja encerra o pregão na Bolsa de Chicago em alta

Publicado em 13/09/2012 17:29 e atualizado em 13/09/2012 19:05
Soja: cotações revertem tendência no final da sessão em Chicago com anúncio do plano para aquecimento da economia nos EUA. Mercado acredita que medidas podem estimular a volta dos investimentos em contratos de risco, como commodities agrícolas.
Nesta quinta-feira (132) os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago encerraram positivamente. Apesar de ter operado quase toda a sessão no vermelho, no final do pregão recuperou e fechou em alta.

Segundo o analista da Agrinvest, Marcos Araújo, o mercado iniciou a sessão com uma correção técnica, e permaneceu assim por um bom período, frente ao movimento de ontem (12), após a divulgação do relatório do USDA.

No entanto, com as medidas do Governo norte-americano para estimular o mercado imobiliário e a continuidade da Operação Twist movimentaram o mercado de Commodities Agrícolas. O analista sinaliza que essas medidas promovem um investimento maior, e um consumo, que gera mais emissão de dólares.

“Com isso ocorre uma depreciação do dólar e isso é favorável para as commodities e os investidores entram no mercado acionário e aumenta o apetite por risco, subindo dessa forma também as commodities e a soja fechando no positivo”, explicou Araújo.

Além disso, outro fator que também contribuiu para esse movimento altista foi o anúncio por parte do Governo dos EUA, de que os juros irão ficar próximos a 0% até 2015. Do mesmo modo, o fortalecimento do mercado físico norte-americano influenciou essa melhora nas cotações.

“O produtor está com resistência em vender, e com as últimas quedas não está fácil comprar o produto por lá. E também esse fato de que o produtor no Brasil já vendeu cerca de 50% da safra 2012/2013, estão com resistência grande e o mercado é pouco ofertado, por isso tem um movimento de maior valorização da safra nova”, afirmou Araújo.

Ainda de acordo com o analista, a entrada da safra física norte-americana no mercado pode pressionar, pois historicamente é um período de baixa. Em decorrência desse cenário, a tendência a curto prazo é baixista, mas os estoques dos EUA são baixos e o país corre risco de no próximo verão ter que importar oleaginosa da América do Sul.

“Produtor está seguro no mercado, mas o mercado pode trazer surpresas negativas então se proteger na Bolsa é importante, acredito que deve se proteger e esperar o movimento de alta que tende a vir depois de dezembro”, orientou Araújo.

Já os produtores que ainda tiver oleaginosa devem comercializar, uma vez que, não é vantajoso manter a soja armazenada. “O produto está mais valorizado agora do que mais para frente, e repor esses estoques, então vende a soja e aplica o dinheiro e compra seguro de alta de preço na bolsa”, finalizou o analista.

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Por:
Aleksander Horta / Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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