DA REDAÇÃO: Estoques de soja em 2012 são 21% menores do que o último ano
De acordo com o analista de mercado, Carlos Cogo, o principal fator que contribuiu para essa alta expressiva foi o relatório trimestral de estoques do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado na manhã desta sexta-feira (28).
“Os números ficaram acima do esperado pelo mercado que esperava um volume inferior do que o publicado pelo órgão. Os estoques de soja, no dia 1 de setembro de 2012, atingiram cerca de 4,6 milhões de toneladas e o mercado esperava um número entre 3,1 e 3,6 milhões”, afirmou Cogo.
O analista sinaliza que a leitura correta a ser feita é que os estoques de 2012 são 21% menores em comparação com o ano passado, quando os Estados Unidos tinham um estoque de 5,8 milhões de toneladas.
“E o mercado entendeu que os estoques baixos de passagem, numa safra que já vem de uma quebra de mais de 15 milhões de toneladas e acabou recuperando uma parte das perdas. No acumulado no mês de setembro, o resultado acabou praticamente zerado, a soja não teve nem ganho efetivo nem perdas”, explicou o analista.
Na verdade as perdas ficaram concentradas nos futuros do milho, que no mês de setembro registrou uma queda de cerca de 5,3% nas cotações do cereal para o segundo vencimento. Já a oleaginosa, encerrou com um ganho de 0,5% no segundo contrato, em função dos fatores já conhecidos.
“O avanço na colheita norte-americana que alivia a pressão que havia sobre o baixo estoque, injeta uma oferta no mercado, enquanto está longe à colheita na América do Sul, isso trouxe calmaria no mercado futuro, e foi abandonado o patamar de US$ 17 por bushel”, disse Cogo.
Ainda de acordo com o analista, o recorde de alta nas cotações foi batido no dia 4 de setembro de 2012, quando os preços chegaram a US$ 17,90 por bushel. E após essa elevação, o mercado acumula uma queda em torno de 13% no primeiro vencimento.
“A soja passou a devolver ganhos, depois dos recordes durante esse ano de 2012, ainda acumula variações positivas e se nós observarmos em relação ao início do ano até agora, o ganho da oleaginosa é de 45,7%, um ganho expressivo, mas os recordes de preços já passaram e agora o mercado busca um novo patamar ao redor de US$ 15 e US$ 16 por bushel”, finalizou Cogo.