DA REDAÇÃO: Soja opera em campo misto à espera do relatório do USDA

Publicado em 09/01/2013 12:35 e atualizado em 09/01/2013 15:52
Grãos: soja opera em campo misto nesta quarta-feira (09) na CBOT. Mercado aguarda o relatório do USDA que será anunciado sexta-feira (11). Após a divulgação do documento mercado voltará suas atenções para a safra sulamericana uma vez que a garantia dessas produções irá orientar o rumo dos preços futuros.
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam em campo misto nesta quarta-feira (09) na Bolsa de Chicago. O mercado aguarda o relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que será divulgado na próxima sexta-feira (11). 

O analista da Consultoria Agroeconômica, Carlos Cogo, acredita que se o órgão elevar os números da produção norte-americana esse seria um fator baixista para o mercado no curto prazo.
 
Do mesmo modo, a estimativa da Conab anunciada nesta manhã, que elevou a produção de grãos brasileira para 180,41 milhões de toneladas, e a confirmação de uma safra boa na Argentina e Paraguai tendem acentuar a pressão baixista sobre os futuros da oleaginosa. 

No Brasil há problemas pontuais relacionados ao clima em vários estados, e após o anúncio do documento do USDA o mercado climático irá se estabelecer. Com isso, o mercado volta às atenções para a safra da América do Sul uma vez que garantia dessas produções irá orientar o rumo dos preços futuros.   

“Estamos caminhando para um piso na soja já rodando os US$ 13,50 por bushel e no milho ao redor de US$ 7 por bushel, mostrando uma firmeza maior em relação à soja. O cereal tem um cenário mais apertado que só será aliviado em setembro/13, ao contrário na soja com a confirmação de uma grande safra sulamericana o cenário já tem um alívio a partir de fevereiro”, afirma Cogo.

Na visão do analista, o levantamento da Conab foi realizado em meados de dezembro e, por isso, não tenha conseguido captar informações de problemas climáticos na safra brasileira.  E possíveis notícias de quebra na produção, já seriam suficientes para deixar as cotações futuras sustentadas.
 
“Internamente os comportamentos de ambos os mercados já estão diferenciados, tanto no milho como na soja já vinha sinalizando baixa desde a virada do ano. A soja perdeu em uma semana no mercado físico cerca de 3,3% na média brasileira, e o milho perdeu nos últimos 30 dias 5,3%, as perdas devem se acelerar no mês de janeiro”, explica o analista. 

Apesar desse cenário, muitos investidores estão no mercado olhando pelo lado da demanda que permanece aquecida, principalmente, pelo lado da China. Consequentemente, a demanda firme acaba mantendo esses investidores dentro do mercado, o que é ponto positivo para o mercado. Essa situação deve gerar uma força sustentando os preços pelo menos primeiro semestre de 2013, conforme explica Cogo. 

Por outro lado, a presença dos fundos no Mercado de Commodities Agrícolas tende a trazer mais volatilidade ao mercado. E caso haja um repique de alta nas cotações os fundos vão exercer lucros e sair do mercado no decorrer do semestre. 

Em decorrência dessa situação, o analista orienta que agora é o momento para os produtores que ainda precisam fazer vendas no mercado disponível haja vista que a oferta ainda é baixa e o fluxo de exportações é pequeno. 

“O produtor que fizer uma venda agora vai pegar preços em reais por saca tanto para soja como para milho mais altos do que há 30 dias. Nesse momento, os prêmios nos Portos não estão negativos como estarão em março, então vale a pena fazer uma venda maior agora”, ratificou Cogo. 
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Por:
Kellen Severo/ Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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