DA REDAÇÃO: Brasil importou 150 mil toneladas de feijão preto em 2012

Publicado em 15/01/2013 13:00 e atualizado em 15/01/2013 16:52
Feijão: durante o ano passado, o Brasil importou 150 mil toneladas de feijão preto da China. Governo não vê possibilidade de impedir essa situação haja vista que o país compra volumes expressivos da soja brasileira. No entanto, poderia aumentar o preço mínimo para estimular os produtores de feijão.
Durante todo o ano passado o Brasil importou 150 mil toneladas de feijão preto da China das cerca de 500 mil toneladas que o país consome. As exportações chinesas do grão são destinadas à América Central, mas, principalmente, para o Brasil.

Segundo o analista da Correpar, Marcelo Lüders, o Governo não vê possibilidade de impedir a entrada do feijão no mercado haja vista que os chineses compram volumes expressivos da soja brasileira. No entanto, poderia aumentar o preço mínimo do grão para estimular os produtores.

“Esse valor que teria que ultrapassar os R$ 100 uma vez que diante dos elevados preços da soja, sem dúvidas, o produtor prefere cultivar a oleaginosa. Porém, se olharmos estrategicamente, não deveríamos depender de outros países para fornecer um produto de cesta básica no Brasil”, afirma o analista. 

Até mesmo entre o feijão carioca e preto a diferença de preços é alta. No interior do PR, a saca de feijão carioca é comercializada entre R$ 185,00 e R$ 190,00, já a de feijão preto o valor cai para R$ 135 ou R$ 130. Diante desse cenário, os agricultores preferem plantar o carioca, que tem maior rentabilidade, ao invés do preto. 

No entanto, essa situação pode ocasionar um complicador uma vez que a cadeia passa a depender de produtos do mercado externo. “Quando compara com o carioca, realmente, o consumo é de 2,6 milhões de toneladas e o consumo do feijão preto é de 500 mil t., mas é importante para os estados como RJ, MG, PR, SC, RS e PE”, diz Lüders. 

Já em relação à safra, o analista relata que os números que estão saindo do campo estão bem abaixo das expectativas divulgadas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) ou até mesmo pelo IBGE (Instituto de Geografia e Estatística). O volume de feijão preto é menor do que as estimativas em torno de 30% do que foi ofertado durante o ano de 2012. 

“E o pico da safra do feijão carioca parece que já está passado, isso faz com que a gente entenda que a alta dos preços do feijão podem se alongar nos próximos meses e deve voltar bastante o preço com a entrada da segunda safra no final do mês de abril”, acredita o analista. 
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Por:
Kellen Severo/ Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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