DA REDAÇÃO: Soja - mercado opera de lado à espera de novidades

Publicado em 28/01/2013 12:54 e atualizado em 28/01/2013 15:49
Grãos: sem novidades o mercado opera de lado nesta segunda-feira (28). Prêmio climático é adicionado aos preços futuros em função do risco da produção na América do Sul. Por outro lado, demanda pela soja norte-americana permanece firme.
O mercado de commodities agrícolas opera de lado nesta segunda-feira (28) sem grandes novidades. Por volta das 16h45 (horário de Brasília) os principais contratos trabalham com pequenos ganhos na CBOT. Os prêmios climáticos continuam sendo adicionados aos preços futuros em função do risco da produção na América do Sul. 

O foco do mercado internacional é a situação climática no hemisfério sul e com a escassez de chuvas no extremo Sul do Brasil e na Argentina. No Brasil, a situação da maioria dos estados é favorável e mesmo no Rio Grande do Sul onde também predomina o tempo seco nos últimos dez dias, a situação é positiva, conforme relata o analista de mercado da Safras &Mercado, Flávio França. 

A tendência é que as cotações no mercado internacional oscilem entre a questão do clima no hemisfério sul e a demanda pela soja que permanece aquecida. Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou a venda de 220 mil toneladas de soja para a China da safra nova 2013/14, um indicativo que não há o racionamento do consumo nos EUA.  

“Mas também fica claro que a China parou de comprar a safra atual norte-americana já observando uma safra sulamericana cheia, e a colheita começa a avançar no Brasil. Então, o país começa a transferir a compra para a América do Sul, essa é uma variável que vai limitar os preços em Chicago”, explica França.  

Além disso, o mercado está alto acima de US$ 14 por bushel e os níveis dos estoques norte-americanos são apertados, portanto, é a demanda aquecida que mantém os preços elevados. No entanto, se a demanda for transferida para o hemisfério sul, será um fator positivo para o Brasil, especialmente, para os prêmios de exportações e os volumes de vendas. Mas, por outro lado a situação será negativa para Chicago.

“Então o viés de mercado continua baixista, e o avanço na colheita traz essa pressão negativa para os atuais preços no mercado internacional. O volume de chuvas na região Centro-Oeste é elevado, porém os produtores têm conseguido manter os trabalhos de colheita”, relata o analista. 

As perdas são pontuais e pequenas, o que não é suficiente para influenciar as cotações em Chicago. Segundo levantamento da agência Safras & Mercado, divulgada na última sexta-feira (25), a produção de grãos brasileira deve atingir 84,7 milhões de toneladas, número pouco maior do que registrado em dezembro de 84,3 milhões de toneladas. 

“No geral, existe uma melhora nas condições climáticas desde o mês de dezembro. Mesmo no RS onde o tempo está seco, o quadro atual da safra ainda é bom, com perdas localizadas, na verdade, percebemos que uma região compensa a outra. A safra no Brasil vai se encaminhando muito bem”, ratifica França. 

Já o volume de vendas antecipadas da safra 2012/13 alcançou o percentual de 50% da safra. E a preocupação dos produtores brasileiros é realizar a colheita e conseguir entregar o produto das vendas feitas anteriormente. Ainda na visão do analista, não há volumes de novas vendas uma vez que o volume negociado é alto para o período. 
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Por:
Sebastião Garcia/ Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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