DA REDAÇÃO: Soja – possível redução nos estoques da China sustenta cotações na CBOT

Publicado em 01/02/2013 12:39 e atualizado em 01/02/2013 17:04
Grãos: em Chicago cotações da soja operam com alta de dois dígitos nesta sexta-feira (1). Além do clima na América do Sul, as notícias de que a China teria apenas 5 milhões de toneladas nos estoques, e que esse número poderia recuar em março, também contribui para sustentar os preços na CBOT.
Nesta sexta-feira (01) os futuros da soja negociados em Chicago operam com leves ganhos recuperando do movimento de realização de lucros iniciado na sessão de ontem. O foco do mercado de commodities agrícolas permanece às incertezas climáticas na América do Sul. 

Segundo o analista da New Edge. Daniel D’Ávilla, outro fator que também estaria influenciando as cotações futuras, são as notícias de que a China teria apenas 5 milhões de toneladas nos estoques no momento. E a previsão é que esse número poderá chegar a 4 milhões de t. em março. 

“Isso se torna verdade uma vez que vemos as exportações para a China estão sendo poucas de soja pronta. Vemos grandes volumes de vendas para a safra nova e não da safra velha. E por outro lado, os embarques no Brasil ainda não estão aquecidos”, destaca o analista. 

Além disso, há o aquecimento no esmagamento de soja na China, o que faz com que os esmagadores ao mercado adquirindo grandes volumes da oleaginosa no país, conforme explica D’Ávilla.  E com a entrada da safra brasileira no mercado a tendência é que as cotações em Chicago fiquem, naturalmente, pressionadas.

“O grande problema é o seguinte com os estoques baixos a China precisa comprar soja logo e tende a existir um atraso no embarque brasileiro. Com isso, o país pode buscar a oferta em outra origem, provavelmente, os EUA que também tem estoques ajustados e Chicago terá que elevar os preços para tentar racionar a demanda”, afirma D’Ávilla. 

O analista ainda ressalta que, a situação pode se agravar em março, mas tudo irá depender da habilidade do Brasil de escoar a produção. Devido a esse quadro, a orientação é que os produtores brasileiros façam vendas escalonadas, tentando fazer uma média. 

“Não esperar o mercado alcançar US$ 15 ou US$ 16 por bushel, que isso pode não acontecer, e se o dólar baixar a situação pode ficar mais tranquila”, acredita D’Ávilla. 

Já na Argentina, que também sofre com o tempo mais seco, a previsão climática aponta chuvas para este final de semana. “As lavouras sofrem com o déficit hídrico, a situação é complicada, mas caso haja precipitações expressivas, as plantações podem se recuperar. Temos que continuar observando as condições climáticas”, finaliza o analista. 
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Por:
João Batista Olivi/ Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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