DA REDAÇÃO: Café - Crise no setor põe em risco a cafeicultura de montanha em Minas Gerais

Publicado em 14/03/2013 14:06 e atualizado em 14/03/2013 17:56
Medios cafeicultores se apavoram com a piora nos preços do cafe'. Crise no setor põe em risco a cafeicultura de montanha. Custos são inviáveis para os trabalhos de colheita, diz presidente do sindicato de Guaxupe'. "A maioria vai quebrar" avisa.
Os médios produtores de café do Sul de Minas sofrem com os baixos preços do grão no mercado físico e os altos custos de produção. De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Guaxupé (MG), Mário Guilherme do Valle, o momento é difícil, e caso não seja tomada uma medida a cafeicultura de montanha poderá acabar. 

No estado cerca de 70% dos produtores que estão localizados em áreas montanhosas estão em dificuldades. A mão de obra é escassa na região o que praticamente inviabiliza a colheita do grão, conforme relata Valle.

“Os custos estão em torno de R$ 350,00 para a cafeicultura de montanha e vendemos o produto a R$ 290,00, então está difícil equalizar as contas. No longo prazo, os médios produtores irão quebrar, com os estoques grandes, e a safra de 50 milhões de sacas chegando ao mercado e se tivermos uma boa florada para a safra 2014, o café ficará por um bom tempo com preços ruins”, afirma o presidente. 

Diante desse cenário, vários produtores do estado já abandonaram as lavouras no ano passado e, caso a crise persistir no setor, a tendência é que essa situação se agrave. O presidente destaca que a cada dia há um aumento na mudança das lavouras de montanha para as mecanizadas. “Então acabou a mão de obra, os salários são muito altos e as colhedeiras automotrizes estão em falta no mercado, não sei como os cafeicultores conseguem fechar as contas”, explica Valle.

O presidente ainda sinaliza que o setor precisa de uma política cafeeira de longo prazo consistente para amenizar a crise na cafeicultura. 
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Por:
João Batista Olivi/ Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • LUÍS CÉSAR GIORGETTI Limeira - SP

    Pois é, João Batista. Como já escrevi aqui neste painel, seria interessante para "alguém(s)" que os cafeicultores médios "quebrassem" e vendessem suas terras? Quem seria(m) o(s) beneficiado(s)? Os grandes produtores, que ficariam sozinhos com o filão da cafeicultura? Ou seria uma forma famigerada e desonesta de obrigar quem tem café na montanha a abandonar estas áreas para recompor "na marra" estas APPs, que o Novo Código Florestal consolidou e que os ambientalistas radicais odiaram?

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