DA REDAÇÃO: Soja - Preços futuros recuam com demanda na América do Sul

Publicado em 15/03/2013 13:47 e atualizado em 15/03/2013 17:10
Grãos: Prêmios negativos no Brasil refletem uma oferta excessiva de soja, com a chegada da produção sul-americana ao mercado. Problemas logísticos brasileiros permanecem, mas há indicativos de que a demanda estaria se deslocando para a América do Sul, variável que pressiona negativamente preços futuros do grão.
Nesta sexta-feira (15), os futuros da soja operam com volatilidade na Bolsa de Chicago. Segundo o analista de mercado da PHDerivativos, Pedro Dejneka, os preços reagem, uma vez que não há evidências de que a China estaria comprando soja nos EUA. 

E apesar dos problemas logísticos brasileiros, há indícios de que a demanda mundial estaria se deslocando para a América do Sul. O analista destaca que o mercado já esperava essa situação, e que no final de janeiro e em fevereiro esse cenário, juntamente, com os baixos estoques norte-americanos sustentaram os preços em Chicago. 

“O mercado esperava que a China fosse transferir às compras para a América do Sul, mas quando perceberam que não iriam receber os carregamentos a tempo, em função dos problemas com a logística, transferiram a demanda para os EUA, mesmo com os baixos estoques de soja no país”, ratifica Dejneka.

Por outro lado, os prêmios nos portos brasileiros estão negativos refletindo uma oferta excessiva de soja, com a chegada da produção sul-americana ao mercado internacional, conforme diz o analista. Além disso, a tendência é que o mercado comece a focar o clima no início do plantio norte-americano. 

“O plantio nos EUA deve ficar atrasado em relação ao ano passado. Mas temos que lembrar que o início do plantio em 2012 foi recorde e fora do normal. E as recentes chuvas e neve no país foram benéficas para a umidade do solo. O mercado de clima é volátil, e os preços podem reagir para precificar um possível atraso”, explica o analista.

Diante desse quadro, Dejneka oriente que os produtores que ainda não comercializaram grandes volumes de soja devem aproveitar os repiques de alta tanto no mercado interno e internacional para travar os preços. E não devem esperar por um possível problema climático nos EUA ou problemas logísticos no Brasil para que os preços ultrapassem o patamar de US$ 15/bushel.

“As cotações ainda são boas, e a relação entre dólar e real é boa. Mas acho que podemos ver mais pressão tanto em dólar quanto em real, devido ao excesso de soja que entrará nos porto e do clima mais favorável no inicio do plantio”, finaliza o analista.
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Por:
João Batista Olivi/ Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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