DA REDAÇÃO: CBOT - Com caos logístico, China cancela a compra de 2 milhões de toneladas de soja brasileira

Publicado em 19/03/2013 13:32 e atualizado em 19/03/2013 16:42
Soja: China cancela compra 2 milhões de toneladas de soja. Para Carlos Cogo, analista de mercado, caos logístico é o grande responsável. Cotações em Chicago devem voltar a subir por pressão de compra sobre Estados Unidos.
Os futuros da soja operam do lado negativo da tabela na sessão desta terça-feira (19) na Bolsa de Chicago. Segundo o consultor de mercado da Consultoria Agroeconômica, Carlos Cogo, o cancelamento da compra de 2 milhões de toneladas de soja brasileira por parte da China em função dos atraso nos embarques, contribui para pressionar as cotações futuras.

“Agora os problemas são reais, e acabam afetando a lucratividade dos produtores brasileiros, que já tem um deságio nos preços, os prêmios nos portos estão negativos, e os fretes estão cerca de 50% mais caros esse ano em relação a 2012. Estamos vendo grandes tombos nos preços, que estão se acentuando em função da incapacidade do país de escoar a sua safra”, explica Cogo.

Diante desse cenário, a demanda pode se deslocar para o mercado norte-americano, mesmo com os baixos estoques de soja no país. O consultor destaca que essa situação poderá trazer suporte aos contratos mais curtos em Chicago.

Milho – No mercado do cereal, o consultor alerta que caso a safra norte-americana se confirme como uma produção recorde e o Brasil produza uma grande safrinha de milho os preços futuros podem recuar no segundo semestre. A expectativa é os preços do cereal cheguem a US$ 5,50/bushel.

“O que levaria a cotações menores no Porto de Paranaguá, a saca do milho poderá ser negociada a R$ 11,00 no MT. Valores abaixo do preço mínimo, o que poderia levar a uma nova intervenção do Governo no setor”, acredita Cogo.

Por outro lado, o consultor ainda sinaliza que em função do excesso de chuvas, em muitas regiões produtoras o milho foi semeado fora da janela ideal. Situação que aumentaria o risco de geadas em comparação com o ano passado, conforme disse o consultor.

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Por:
Kellen Severo/ Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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