DA REDAÇÃO: Soja – Números do USDA e notícias de gripe aviária na China pressionam preços futuros nesta sexta-feira (5)

Publicado em 05/04/2013 13:35 e atualizado em 05/04/2013 17:52
Grãos: Mercado dá continuidade às baixas nesta sexta-feira (5), ainda refletindo números do relatório do USDA divulgado na semana passada. Notícias da gripe aviária também contribuem para pressionar cotações futuras. Durante a última epidemia da doença a demanda por carne de aves foi reduzida em 50%.
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago dão continuidade às baixas na sessão desta sexta-feira (5). Segundo o analista de mercado da PHDerivativos, Pedro Dejneka, o mercado ainda reflete números do relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgado na semana passada, e as notícias de gripe aviária na China contribuem para pressionar negativamente as cotações na CBOT.

O analista destaca que durante a última epidemia a demanda na China por carne de aves foi reduzida em 50%. “Então qualquer tipo de notícia que irá falar em uma possível redução da demanda chinesa para a soja, que é alimento para aves, complica e o mercado está sensível a essa situação”, afirma.

A expectativa do mercado internacional é que essa epidemia no país seja controlada, no entanto, caso a situação não seja resolvida irá afetar a demanda chinesa, conforme acredita o analista. Além disso, os preços futuros não podem registrar baixas expressivas uma vez que esse quadro poderia estimular a demanda pela soja norte-americana, mesmo com os baixos estoques do grão nos EUA.

Por outro lado, o analista sinaliza o relatório de oferta e demanda que será divulgado na próxima semana pelo USDA, poderá gerar outra surpresa aos investidores no mercado. “O relatório da semana passada é um dos mais importantes do ano, e o da próxima semana são anunciados por departamentos diferentes dentro do USDA. Então nem sempre há acordo entre os números, o que pode surpreender o mercado. Podemos ver um movimento de compras para cobrir um pouco da necessidade, principalmente para quem precisa comprar e usar soja, milho e trigo antes da entrada da nova safra norte-americana”, explica Dejneka.

Ainda na visão do analista, qualquer tipo de alta mais forte nos preços será vista como oportunidade de vendas pelo mercado. E dentro de condições climáticas normais para o plantio norte-americano, as altas serão vistas como oportunidade de vendas. Diante desse cenário, a tendência é que as cotações permaneçam no patamar de US$ 14,00 ou US$ 14,50/bushel.

“Se os fundamentos permanecerem os mesmos, a China não comprando soja norte-americana, os problemas da gripe aviária e o início da safra relativamente normal nos EUA, isso pode afetar o mercado internacional e o nível de US$ 14,00 pode se tornar a resistência do mercado”, finaliza Dejneka.

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Por:
Kellen Severo/ Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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