DA REDAÇÃO: Soja – Dados negativos da economia chinesa pressionam mercado nesta segunda-feira (15)
O analista destaca, que as projeções de safras maiores no Brasil e também na safrinha, e nos EUA, são notícias baixistas para o mercado internacional. “E as notícias da China crescendo menos do que o esperado pelo mercado, isso aciona ordens de liquidação e vendas no mercado”, sinaliza Monte.
No caso da soja, há dois cenários distintos no curto e médio prazo a tendência é de preços mais firmes devido aos baixos estoques do grão nos EUA. Além disso, as exportações norte-americanas seguem em ritmo acelerado, o que sustenta os preços futuros em US$ 14,00/bushel, patamar acima da média se comparado com os últimos anos, conforme acredita o analista.
Entretanto, para o segundo semestre a perspectiva é de preços mais baixos em função da estimativa de uma grande safra norte-americana. “Os estoques finais, apesar de confortáveis, uma pequena quebra poderia voltar a ficar com um quadro mais preocupante, o que poderia elevar os preços”, explica o analista.
Do mesmo modo, a situação do milho é preocupante uma vez que a situação neste ano é diferente do ano passado. O analista sinaliza que o cenário internacional é diferente, e sem uma quebra nos EUA haveria uma recomposição nos estoques. “Sem dúvidas, os altos valores dos fretes e preços internacionais tem tirado muito dos preços do milho e do trigo. O que gera preocupação para o segundo semestre, em que teremos uma grande safrinha e o mercado em geral trabalhava com preços mais altos”, relata Monte.
No Brasil, há duas principais fontes compradoras, a exportação e o mercado interno. E com a perspectiva de preços mais baixos, os compradores não seriam tão agressivos nas compras, pois não faltaria produto no mercado, segundo diz o analista.
“Na exportação, os preços futuros em Chicago caíram devido às projeções de uma safra norte-americana grande, é difícil sem ter alguma quebra expressiva na produção, imaginar uma recuperação forte nos preços do milho. Pode acontecer uma recuperação, caso a demanda se mostre mais aquecida, principalmente por parte da China, mas fora isso é difícil imaginar uma recuperação grande no milho sem uma quebra como houve no ano passado”, finaliza Monte.