DA REDAÇÃO: Soja – Em sessão volátil, mercado foca clima nos EUA e reverte perdas

Publicado em 14/05/2013 13:25 e atualizado em 14/05/2013 16:29
Grãos: Investidores embolsam lucros, após altas registradas na sessão anterior e mercado recua. Demanda pela soja permanece aquecida e a disponibilidade do produto cada vez mais limitada no mercado norte-americano. Próximas semanas devem ser de volatilidade, devido aos mapas climáticos. Os preços para o milho safrinha irá depender do clima nos EUA.
O mercado de commodities agrícolas operou com expressiva volatilidade no pregão regular desta terça-feira (14), na Bolsa de Chicago. Os preços futuros da soja trabalharam grande parte da sessão do lado negativo da tabela, uma vez que os investidores embolsaram parte dos lucros, após as altas registradas no dia anterior. No entanto, ao longo das negociações as cotações da commodity reverteram às perdas, e apenas o vencimento julho/13 fechou o pregão com queda de 4,50 pontos.

De acordo com o analista de mercado da Cerealpar, Steve Cachia, o mercado de commodities está sendo puxado pelos contratos referentes à safra velha dos EUA. A demanda segue aquecida no país, e a disponibilidade do produto no mercado norte-americano está cada vez mais limitada, conforme destaca o analista.

A tendência é que os preços futuros permaneçam elevados na CBOT, até que haja uma definição da safra dos EUA. “Deveremos ter nas próximas semanas bastante volatilidade, em função das previsões climáticas, e por mais que as condições sejam favoráveis ao plantio agora, estamos vendo alguns institutos de meteorologia indicando chuvas a partir do próximo dia 18 no Centro-Oeste do país, portanto, existe a possibilidade de voltar a ter problemas no ritmo da semeadura, o que deve deixar o mercado nervoso”, explica Cachia.

Paralelo a esse cenário, os preços mais baixos do milho safrinha preocupam os produtores brasileiros que comercializaram volume pequeno da produção. Porém, o mercado do milho ainda irá depender do clima, não só nos Estados Unidos, mas também no Brasil, já que, há risco de geada no Sul do país e existe a insuficiência hídrica no Centro-Oeste brasileiro, segundo o analista.

Mas caso o clima seja favorável ao desenvolvimento das safras de milho tanto no Hemisfério Norte quanto no Sul, a tendência é que as cotações fiquem pressionadas negativamente, devido ao aumento na oferta.  Por outro lado, o ritmo lento nas negociações do cereal brasileiro, irá concentrar as vendas em um mesmo período.

“O que vai pressionar sazonalmente o mercado, e alguns produtores irão comercializar a preços mais baixos para pagar as contas, mas outros com pouco mais de liquidez vão poder especular mais em relação ao clima, ou esperar um programa do Governo para ajudar a segurar os preços”, ressalta Cachia.

Além disso, no MT o déficit de armazenagem é de 35%, fator que deve fazer com que parte da produção fique a céu aberto, variável que também deve exercer pressão negativa sobre o mercado do milho. “É uma situação antiga que ainda não foi resolvida, o Brasil pode exportar mais, mas não está conseguindo devido à preferência pela soja nos portos, e talvez no segundo semestre quanto os portos estiverem mais folgados a demanda pode migrar para os EUA, e com isso, atrapalhar a comercialização no mercado de milho”, alerta Cachia.

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Por:
Kellen Severo/Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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