DA REDAÇÃO: Na China, consumo por soja e carnes tende a crescer
Atualmente, a China é o maior parceiro comercial do Brasil. A relação comercial entre os dois países movimenta US$ 77 bilhões, desse total, cerca de US$ 14 bilhões são do setor agrícola e 80% é do complexo soja. Os compradores chineses importam 22 milhões de toneladas do grão brasileiro.
Para o ex-adido Agrícola Brasileiro na China, Ezequiel Luison, destaca a população do país é de 1,35 bilhão de habitantes, número que representa quase 7 vezes a população brasileira. Já a produção chinesa é estimada em 570 milhões de toneladas. E a tendência é que o consumo por soja e carnes cresça, considerando o poder aquisitivo dos chineses que aumenta a cada dia.
Por outro lado, a produção da China está no limite, conforme explica o ex-adido. “A expectativa é diminuir por vários motivos, um deles é a limitação das áreas cultiváveis e o avanço nas áreas agrícolas, e o modo de agricultura que é manual, pouco tecnificada, fator que prejudica a produção em larga escala, como soja e milho. Então produtos como a oleaginosa têm um futuro promissor no mercado chinês”, afirma.
Além disso, o Ministério da Agricultura do país tem adotado medidas com o objetivo de aumentar a produção de alimentos, especialmente, no setor de carnes. Situação que demandaria mais importações de insumos, principalmente, a soja.
A China também se mostrado interessada em comprar milho do Brasil, e por isso, há dois anos tenta estabelecer um protocolo. A nação asiática começou a importar o cereal nos últimos dois anos, somente em 2012 o país comprou mais de 5 milhões de toneladas de milho. A expectativa é que as compras ultrapassem 9 milhões de toneladas este ano.
“O apetite da China é grande, muitos países produtores vislumbram uma grande oportunidade no mercado chinês. Apesar de o mercado estar favorável a diversificação da pauta agrícola vai criar novas oportunidades aos produtores brasileiros também”, acredita Luison.