DA REDAÇÃO: Excesso de chuvas no inverno diminui ATR da cana-de-açúcar

Publicado em 23/07/2013 18:17 e atualizado em 23/07/2013 19:12
Cana-de-açúcar: excesso de chuva no inverno diminui ATR da cana, provoca florescimento antecipado das lavouras e prejudica o rendimento nas usinas. Frio e geada podem afetar a rebrota e comprometer a próxima safra.

O excesso de chuvas durante o inverno diminuiu o ATR da cana-de-açúcar, chegando a 110, enquanto o normal para essa época do ano é um ATR de 145. Isso influencia o rendimento industrial, tanto para a produção de etanol, como para a produção de açúcar, com cerca de 20Kg abaixo da média em 1 tonelada de cana.

Além disso, as chuvas também prejudicaram os canaviais, uma vez que alguns já têm floração, o que é ruim porque provoca a reversão da sacarose nos talões que estão com flores, perdendo cana em quantidade e também diminuindo o rendimento industrial.

Segundo João Oswaldo Baggio, Presidente da G7 Agrocommodities, esse problema já está acontecendo e algumas usinas não têm mantido a regularidade das moagens: “A previsão é que 10 milhões de toneladas de cana não serão moídas e se as chuvas persistirem as perdas poderão ser ainda maiores, o que irá impactar nos preços do etanol e do açúcar nos mercados interno e externo”.

O frio e a chuva deste ano influenciarão negativamente na produção de cana e na remuneração do produtor e as atuais previsões de geada, se confirmadas, poderão diminuir a quantidade de cana por hectare.

Os preços do açúcar estão deprimidos, com várias consultorias internacionais estimando um excedente na produção mundial. Na Bolsa de Nova York a cotação está em torno de 15 centavos de dólar por libra-peso. No entanto, no Brasil as perspectivas de perdas na produção e no rendimento industrial já fazem o mercado se movimentar e reavaliar o estoque de passagem mundial. Baggio afirma que até as perdas serem mesuradas, os preços podem ter uma alta de leve a moderada.

Os preços do etanol caíram nesta terça-feira (23), fechando a R$ 1,23 na BM&F, porém, se as perdas continuarem, a tendência é de uma leve elevação chegando a R$ 1,45 em setembro e outubro.

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Por:
Aleksander Horta e Paula Rocha
Fonte:
Notícias Agrícolas

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