DA REDAÇÃO: Soja – Com clima favorável nos EUA, cotações têm mais um dia de quedas expressivas na CBOT

Publicado em 24/07/2013 13:30 e atualizado em 24/07/2013 17:14
Grãos: Momento de baixa no mercado, com o clima sendo favorável ao desenvolvimento das lavouras nos EUA, era esperado para o mês de agosto, mas aconteceu mais cedo do que o mercado aguardava. Consultores norte-americanos recomendam que os produtores vendam os remanescentes do ano passado para aproveitar prêmios recordes de até US$ 3. Com aceleração das vendas, prêmios começam a cair.

Os futuros da soja, milho e trigo registraram mais uma sessão de baixa na Bolsa de Chicago. No pregão regular desta quarta-feira (24), as principais posições da commodity exibiram quedas expressivas e o contrato agosto/13 encerrou o dia cotado a US$ 13,92/bushel, com perdas de mais de 70 pontos. No milho, as baixas foram entre 5,25 e 14,25 pontos nos principais contratos. Do mesmo modo, os futuros do trigo apresentaram ligeiras quedas entre 0,50 e 3,25 pontos.

O economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter, destaca que essa queda nas cotações futuras já era esperada pelo mercado com o clima favorável ao desenvolvimento das lavouras norte-americanas. No entanto, o recuo era previsto para meados do mês de agosto, mas foi antecipado.

Além disso, o economista afirma que os consultores norte-americanos orientaram os produtores rurais do país a negociarem a soja remanescente da safra velha, para aproveitarem os bons preços de Chicago e também do mercado físico. Devido à oferta ajustada nos EUA, os prêmios, nas principais regiões produtoras, registraram valores até US$ 3,00 acima dos preços praticados na CBOT.

“Porém os prêmios começaram a cair dada a aceleração nas vendas. As indústrias estão reduzindo o volume das compras em um período que entra em manutenção. Temos um comportamento climático, na porção oeste do cinturão produtor, com menor volume de chuvas. Na parte central, sul e leste do cinturão oferece bons volumes de chuvas e umidade boa no solo, já se especula uma produtividade superior na parte oeste”, explica Motter.

Diante desse cenário, a expectativa é que a safra norte-americana se configure uma safra cheia. E com essa situação, os preços futuros podem ficar mais baixos no segundo semestre. Para o economista, o foco do mercado internacional de grãos será o clima.

“O mercado caminha para cair mais, desde que o clima continue de forma adequada. Os estoques globais estão se recompondo ao redor do mundo, depois de um período ruim. Caso a safra dos EUA seja cheia teremos uma boa consistência nos estoques, por isso, os preços futuros indicam quedas. Os meses futuros, se pegarmos novembro, mês base para comercialização da safra, é negociado a US$ 12,60/bushel, enquanto que agosto é negociado a US$ 14,10, um deságio de US$ 1,50”, sinaliza o economista.

Brasil – As geadas previstas para importantes regiões produtoras do país deverão impactar mais as lavouras de trigo. Porém, ainda é cedo para avaliar os prejuízos, conforme acredita Motter. No milho, as perdas deverão ser menores, mas a qualidade do cereal foi prejudicada com o excesso de chuvas, especialmente no mês de junho. “As baixas temperaturas pode agravar a situação do milho mais em questão de qualidade do que em quantidade”, finaliza Motter.

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Por:
Kellen Severo/Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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