DA REDAÇÃO: Tendência de baixa para os grãos na Bolsa de Chicago
Nos EUA, a expectativa para a safra de soja e milho é favorável, o que pressiona os preços para baixo, limitando as altas. Nesta última segunda-feira (29), o relatório de condições de lavoura do USDA apontou uma queda de 1 ponto para a soja e se manteve igual para o milho. A soja tem 63% das lavouras em condições boas ou excelentes, o que permite uma deterioração nos próximos meses, mas sem afetar a produtividade, já que a média histórica para essa época do ano é de 59% das lavouras em condições boas ou excelentes.
Os mapas climáticos para o mês de agosto mostram que não deve haver uma seca que possa afetar a produção total e a tendência é de queda nos preços. Porém, nesta terça-feira (30), o mercado tenta uma recuperação técnica nas cotações.
Os estoques de soja continuam apertados nos EUA, no entanto os compradores já estão cobertos e o efeito do baixo estoque não será o mesmo visto nos meses de junho e julho, podendo haver apenas algumas compras pontuais.
Hoje (30), o Banco Central da China injetou recursos nos mercados monetários, aliviando os temores de crédito apertado. Segundo o analista da Cerealpar, Steve Cachia, isso pode afetar o mercado do ponto de vista psicológico, mas é necessário prestar atenção no humor dos fundos de investimentos, uma vez que eles não costumam comprar em função de notícias, mas sim em relação a estratégias técnicas.
Milho: A situação do milho é similar a da soja, mas com um pouco mais de pressão porque a demanda, por mais forte que seja, talvez não consiga absorver toda a oferta do mercado, com cerca de 100 milhões de toneladas a mais se comparado a 2012. Com isso, a tendência é de baixa nos preços, com as cotações podendo chegar a US$ 4,25/bushel. No Brasil, a preocupação é se o país conseguirá fazer mais exportações do que se imagina. Em curto prazo o mercado não deve apresentar altas, mas nos próximos meses a tendência pode mudar.
Trigo: Em curto prazo, o trigo é o elo mais fraco dos grãos, porém em médio e longo prazo, devido a uma oferta que não será tão grande quanto o esperado e com compras da China, do Brasil e do Egito, os preços podem se recuperar.