DA REDAÇÃO: Suíno – Redução na oferta e aumento nas exportações impulsionam cotações no mercado paulista

Publicado em 05/08/2013 11:37 e atualizado em 05/08/2013 15:09
Suínos: No mercado em SP, preço do quilo do suíno vivo aumentou de R$ 2,88 para R$ 3,20. A situação é decorrente da redução na oferta de animais vivos e o crescimento das exportações. A expectativa é que as cotações apresentem nova valorização e alcancem o patamar de R$ 3,30 o quilo ainda esta semana.

No mercado em São Paulo, o preço do quilo do suíno vivo apresentou uma valorização e passou de R$ 2,88 para R$ 3,20, na última sexta-feira (2). O aumento nas cotações é decorrente da diminuição da oferta de animais vivos e o crescimento nas exportações brasileiras.

O presidente da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, explica que a retomada das exportações para a Ucrânia e a abertura do mercado japonês são favoráveis ao setor. “A tendência, histórica, é que sempre no segundo semestre é melhor em termos de embarques. A expectativa é que as exportações sejam melhores, com maior volume a preços para as indústrias, o que deve enxugar o mercado brasileiro”, afirma.

Além disso, o presidente também destaca que a relação entre a oferta e demanda está mais ajustada este ano, situação que pode provocar novos aumentos nos preços do suíno. Diante desse cenário, a perspectiva é que a cotação do suíno vivo chegue a R$ 3,30, ainda esta semana no mercado paulista.

Apesar do quadro favorável, os produtores devem ter cautela, já que o setor se recupera da forte crise do ano passado e nos primeiros meses de 2013. Em São Paulo, os custos de produção estão em torno de R$ 55,00 a arroba. O presidente destaca que a saca do milho está sendo negociada a R$ 23,00 a saca, o sorgo a R$ 19,00 a saca e o farelo de soja em torno de R$ 930,00 a tonelada.

“A arroba está sendo comercializada a R$ 60,00, então, os produtores tem uma lucratividade em torno de R$ 5,00 por arroba. A tendência é que o suinocultor tenha uma lucratividade de R$ 25,00 por animal abatido. Há 6 meses, o produtor perdia R$ 100,00 por animal abatido.  A rentabilidade deste ano deverá pagar as contas de 2012 e 2013”, ressalta Ferreira.

A perspectiva é que o segundo semestre seja melhor aos produtores rurais, especialmente com a diminuição dos custos de produção, com a expectativa de uma safrinha de milho recorde no Brasil e a grande produção norte-americana. Em contrapartida, o consumo interno e os embarques deixam certa tranqüilidade ao suinocultor, conforme acredita o presidente.

“Entretanto, é importante dizer que não é hora de aumentar o plantel, até porque precisamos pagar as contas neste final de ano, melhorar a produtividade e saber o momento exato de fazer caixa para comprar estoques, ou seja, comprar soja, milho e sorgo para fazer estoque”, finaliza Ferreira.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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