DA REDAÇÃO: Com clima favorável nos EUA, soja mantém tendência de baixa na Bolsa de Chicago

Publicado em 06/08/2013 13:37 e atualizado em 06/08/2013 15:50
Mercado: Previsões climáticas indicam tempo favorável para as lavouras norte-americanas nas próximas duas semanas, fator que pressiona negativamente os preços futuros. Compradores esperam mercado cair, o que desacelera o volume de vendas. Tendência, segundo analista, é o mercado ceder mais um pouco.

Nos EUA, as condições climáticas para as próximas duas semanas são favoráveis e não mostram nenhum problema que possa vir a prejudicar o desenvolvimento das lavouras de soja. Nesse cenário existem mais vendas, com fundos liquidando posições, e o mercado segue pressionado na Bolsa de Chicago.

“Os compradores, vendo essas condições climáticas e a expectativa de safra cheia nos EUA, não compram e continuam esperando o mercado cair mais. Nesse momento não estão acontecendo muitas vendas e também não há compradores procurando soja. O produtor brasileiro também não está vendendo e nos EUA a única venda desta terça-feira (6) foi 110 mil toneladas para a China, mas o movimento para a safra nova está bem devagar e isso deixa o mercado mais leve ainda, com a tendência de ceder mais um pouco”, afirma o analista de mercado, Daniel D Avila.

O contrato agosto da Bolsa de Chicago já está acabando e o contrato setembro vai virá já se igualando com a safra nova, com a expectativa de começar a colher e chegar soja em abundância e será difícil acontecer repiques de alta no final do mês de agosto. No entanto, do mesmo jeito que a soja caiu, o dólar subiu bastante nesse período e o produtor ainda pode aproveitar essa oportunidade para ir fixando as vendas.

Segundo Daniel, os estoques nos EUA estão em cerca de 56,7 milhões de sacas, o que não é ideal, mas com a chegada da safra nova, se vier cheia conforme a previsão do USDA de 93 milhões de toneladas, o mercado terá bastante soja. Portanto, mesmo que os estoques estejam baixos, com a safra nova haverá muita soja disponível, o que deixa os preços mais fracos.

Na próxima segunda-feira (12), o USDA divulga um novo relatório de oferta e demanda que não deve apresentar grandes mudanças em relação ao último relatório. “A safra será muito grande, mesmo que o USDA modifique alguma coisa, o que não justifica o mercado voltar a subir. O mercado subiria apenas se ocorresse algum problema de clima agora ou perto da colheita devido à maturação atrasada da soja, mas nesse momento a tendência do mercado é de baixa”, diz Daniel.

Milho: A tendência para o milho é um pouco mais baixista do que para o trigo nesse exato momento porque a safra norte-americana praticamente já está definida, uma vez que o clima é muito importante no mês de julho e foi favorável.

Trigo: Com estoques menores e problema de qualidade na produção da Europa, os preços do trigo podem ganhar um pouco mais de força. No entanto, de forma geral, as safras de milho e trigo estão indo bem e os preços não devem voltar a subir rapidamente nesse momento.

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Por:
João Batista Olivi e Paula Rocha
Fonte:
Notícias Agrícolas

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