DA REDAÇÃO: Chicago – Tendência é de preços mais baixos no segundo semestre

Publicado em 07/08/2013 13:35 e atualizado em 07/08/2013 16:13
Mercado: Melhores preços para a safra velha, de acordo com analista, já passaram, com apenas alguns repiques temporários até setembro. Safra nova deve contar com preços mais baixos, a não ser que haja uma mudança climática nos EUA. Situação mais complicada é a do milho, que conta com excesso de oferta no mundo.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam em campo misto nesta quarta-feira (7). As cotações esboçam uma recuperação frente às recentes quedas e, por volta das 15h45 (horário de Brasília), as primeiras posições registravam pequenos ganhos entre 3,50 e 5,50 pontos. Em contrapartida, os vencimentos mais distantes exibiam perdas entre 1,50 e 2,50 pontos.

Apesar dessa situação, o analista de mercado da PHDerivativos, Pedro Dejneka, destaca que os melhores preços para a safra velha já passaram, com somente alguns repiques temporários até o mês de setembro. Para a safra nova, a expectativa é de cotações mais baixas do que as praticadas atualmente.

“A não ser que tenhamos um susto no clima lá nos Estados Unidos ou no Brasil, os preços para o próximo ano devem estar em patamares mais baixos do que os que estavam sendo praticados recentemente. A situação do milho é mais complicada, já que temos um excesso de oferta no mundo”, afirma Dejneka.

O analista ainda sinaliza que a seca na China não deve impactar as cotações da soja. A expectativa é que a demanda permaneça aquecida, no entanto, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) já teria embutido nas estimativas de estoques dos EUA, no próximo ano, um aumento de dez milhões de toneladas da demanda chinesa, conforme explica o analista.

Diante desse cenário, o analista orienta que os produtores comercializem o milho, uma vez que há o excesso de oferta no Brasil e nos EUA. “Para a safra nova eu já estaria travando os custos, mas mesmo que tenhamos uma despencada nos preços a curto prazo, devido à safra norte-americana, temos que ressaltar que a safra sul-americana ainda precisa passar pelo clima. Caso as condições climáticas sejam normais, já aproveitaria para começar a fazer uma média mais agressiva”, diz.

Trigo – No caso do mercado do cereal, a perspectiva é que o mercado brasileiro se descole do mercado de Chicago. “Se o trigo operasse sozinho na CBOT os preços deveriam estar mais altos, pois houve um choque de demanda com as importações recentes da China. Mas o mercado vai descolar então os produtores devem aproveitar as cotações mais altas no Brasil, já que o trigo vai seguir o milho lá na frente”, alerta Dejneka.

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Por:
João Batista Olivi/Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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