DA REDAÇÃO: Semana de pressão nas cotações do boi gordo frente à demanda reduzida
Nesta semana as cotações do boi gordo estão pressionadas devido a uma expectativa no aumento da demanda, que não aconteceu.
“Estamos no final da primeira semana do mês, um período de pagamento de salários e de incremento na demanda da população por carne, porém os preços não tem traduzido essa expectativa de melhora na demanda, o que tem pressionado as cotações do boi gordo”, afirma o analista de mercado, Alex Santos Lopes.
Nos últimos dias houve um pequeno aumento no abate, com a entrada de animais de cocho de contratos a termo, ao mesmo tempo em que o frio no final de julho acabou com os pastos em algumas regiões que ainda tinham capacidade de suporte e os pecuaristas foram obrigados a entregar as boiadas. Esses fatores associados aumentaram a oferta de carne, no entanto o consumo não cresceu na mesma medida.
Nesta quinta-feira (8), em São Paulo (SP), os preços do boi goro oscilam bastante. Existem tentativas de compra de R$ 100,00/@ a R$ 103,00/@ a vista e também tentativas de testar o mercado a R$ 99,00/@ a vista, mas praticamente não se compra nada nesse valor.
De agora em diante, há a entrada de boiada de contratos a termo e também de animais de confinamento e, segundo Alex, o grande fator determinante para a forma como o mercado vai se comportar a partir de agora são os contratos fixados a termo, já que o confinamento não deve ser muito expressivo e, portanto, não deve pressionar os preços: “Nós ainda acreditamos em um cenário de preços firmes para o boi gordo e a demanda deve ser boa com um escoamento positivo nos próximos meses”.