DA REDAÇÃO: USDA estimula expressivos ganhos em Chicago nesta segunda-feira (12)
Com a divulgação de um novo e importante relatório de oferta e demanda pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o mercado internacional de grãos reagiu muito positivamente na Bolsa de Chicago, nos principais vencimentos. A soja encerrou os negócios do pregão regular com ganhos entre 33 e 43 pontos diante de uma redução dos principais indicativos para a nova safra dos EUA. O departamento norte-americano revisou para baixo a produção, produtividade, estoques e os números para área, tanto colhida quanto plantada.
O milho subiu mais de 10 pontos nos principais vencimentos, enquanto o trigo subiu entre 1,50 e 3,50 pontos nas posições mais negociadas. O USDA, assim como para a soja, trouxe números menores para os grãos e impulsionou uma alta dos preços na CBOT. Porém, o impacto do boletim foi menor do que o registrado pela soja.
Segundo Paulo Molinari, analista da Safras & Mercado, a maior surpresa do relatório do USDA foi para o milho, onde os números vieram bem abaixo do esperado pelo mercado. Possivelmente, o departamento norte-americano ajustará seu levantamento no relatório mensal de setembro e/ou outubro.
Já para a soja, o mercado esperava um corte maior na produtividade, mas, como as plantas ainda tem todo o mês de agosto para se desenvolverem, o reporte ainda foi precoce por parte do USDA.
Ao final do dia e quando o pregão diurno já havia terminado, o USDA informou que 64% das lavouras de soja dos EUA estão em boas ou excelentes condições. Em situação regular ou em condições ruins ou muito ruins, os valores foram 9 e 27%, respectivamente. O milho também se manteve em linha com a última semana, onde em condições boas ou excelentes estão 64% das plantações, 25% em situação regular e 11% condições ruins ou muito ruins. No caso do trigo, as lavouras em boas ou excelentes condições recuaram de 68 para 66%, as em situação regular de 26 para 25%; e em condições ruins ou muito ruins estão 8% das plantações, contra 7% da semana anterior.
Diante de um dia de excelentes ganhos na bolsa internacional, Molinari aconselha a comercialização tanto aos produtores brasileiros que ainda tem produto disponível da safra velha como da nova safra a ser plantada ainda, a fim de aproveitar as altas. Ele lembra que, mesmo com possíveis cortes na produção final, esta safra norte-americana deve ser recorde, assim como a nova temporada da América do Sul que será plantada logo na sequência.