DA REDAÇÃO: Suiá-Missú – Focos de incêndios consomem 18% da área no MT

Publicado em 23/08/2013 13:06 e atualizado em 23/08/2013 16:30
Gleba Suiá Missu (MT), que foi entregue aos índios Xavantes enquanto produtores estão desabrigados, foi alvo de incêndios, de causa ainda não identificada. Índios acreditam que antigos proprietários foram os responsáveis. Governo Federal diz que terras não irão sair das mãos dos indígenas.

De acordo com o levantamento do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em torno de 18% da gleba Suiá-Missú (MT) foram consumidos por 120 focos de incêndios. O percentual corresponde a 30 mil hectares dos 165 mil hectares que correspondem à área. 

A área que foi alvo de disputa entre indígenas e produtores rurais, atualmente pertence aos índios Xavantes. Em dezembro do ano passado, os agricultores junto com as suas famílias foram expulsos da gleba, após uma decisão judicial.

Segundo o presidente da Associação dos produtores rurais da Área Suiá-Missú, Naves José Bispo, os focos de incêndios seria de responsabilidade dos indígenas, já que utilizam a prática do círculo de fogo para a caçada. Além disso, os ex-moradores não têm acesso à área.

“A Funai através dos seus representantes conduz toda essa propaganda governamental no intuito de denegrir a imagem dos produtores. Os trabalhadores brasileiros estão sendo humilhados. E os únicos brancos que estão na área são os integrantes da Polícia Federal, que monitora a gleba e justificar a fraude e o absurdo da expropriação”, afirma Bispo.

Por outro lado, o cacique Damião Xavante diz que o fogo é criminoso e que não há dúvidas de que é de autoria das pessoas que foram retiradas da área. Já o Governo Federal afirmou que não irá permitir que os antigos moradores retornem ao local, já que a gleba é uma área indígena consolidada.

Enquanto isso, os produtores que foram expulsos da área estão em comunidades nos municípios de Alto Boa Vista, Confresa, Porto Alegre do Norte e Bom Jesus (MT). “Tem pessoas até em Goiânia, diante da fome, miséria, falta de assistência governamental saem em debandada, as pessoas não podem morrer de fome. Estamos tentando manter o mínimo de mobilização, pois a ideia é desmobilizar o povo e destruir o resto de patrimônio que ali ficou”, ressalta o presidente.

Até o momento, as famílias retiradas do local não foram assentadas. 

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Por:
João Batista Olivi/Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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