DA REDAÇÃO: Em Buerarema (BA), conflito entre produtores e indígenas é intensificado e população se revolta

Publicado em 26/08/2013 10:33 e atualizado em 26/08/2013 14:23
População de Buerarema-BA fica indignada com a presença de índios armados na cidade e reage contra falta de atitude das autoridades. Manifestação deve parar BR-101 nos próximos dias e reunir produtores rurais e moradores de Ilhéus, Una, São José da Vitória e Buerarema.

O conflito entre produtores rurais e indígenas da etnia Tupinambá se agravou neste final de semana na cidade de Buerarema, no sul da Bahia. Cansados de aguardar ações da Polícia Federal, a população da cidade se revoltou e resolveu agir com as próprias mãos.

Na sexta-feira, um grupo de indígenas entrou na cidade armado, apontando as armas para a população, como relata Abiel da Silva Santos, Diretor Financeiro da Associação dos Produtores de Ilhéus e região. Impedidos de enfrentar os índios, a população colocou fogo em oito casas que pertenciam a eles.

Segundo Abiel, os produtores se encontram acampados em uma praça da cidade para reinvindicar ações a respeito da situação, mas as manifestações pacíficas não são ouvidas, o que motivou a fúria dos bueraremenses. "A situação é ruim e o clima é bastante tenso", lamenta o diretor.

Muitos dos produtores que tiveram suas terras tomadas são proprietários de pequenas propriedades. Alguns, de acordo com Abiel, possuem mais de 70 anos de idade. O diretor acredita que a situação mostra que "não há justiça para ninguém" e que existe uma proteção clara por parte do Governo do Estado e do Governo Federal aos invasores. Ele aponta que não somente os produtores, mas toda a população da cidade está revoltada com as últimas ocorrências.

Abiel alerta que a população deseja partir para o confronto direto, mas também vem sendo organizada uma mobilização que prevê o fechamento da BR 101 por 2 dias, no qual pretendem colocar de 10 a 15 mil pessoas deitadas na rodovia contra a atitude do governo. "Ninguém tem direito à propriedade, ninguém tem direito à proteção", declara.

Ainda há um questionamento forte quanto à verdadeira origem dos invasores, que o diretor acredita se tratarem de mestiços. "Essa etnia já foi extinta há mais de três séculos", declara. Ele destaca ainda uma denúncia de que eles estariam recebendo 30 reais por dia para invadirem propriedades.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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