DA REDAÇÃO: Nova Lei dos Portos precisa de ajustes, diz Consultor de Logística da CNA
A nova Lei dos Portos foi criada com o objetivo de aumentar a participação da iniciativa privada na construção de novos terminais portuários, porém ela ainda precisa de ajustes.
O Brasil tinha uma situação delicada por falta de capacidade portuária, principalmente em containers, com isso os agricultores estavam deixando de produzir e exportar, o que levou o governo a abrir os portos para a participação privada, determinando alguns parâmetros.
No entanto, tudo isso depende de regulamentação e, segundo o Consultor de Logística da CNA, Luiz Antônio Fayet, a mensagem de abertura do governo cria entraves quando chega à regulamentação e a iniciativa privada sente instabilidade jurídica nessas relações porque o governo está querendo dizer o que e onde a iniciativa privada coloca o seu dinheiro.
“A iniciativa privada tem que fazer o seu investimento como quiser, assim como funciona em supermercados ou hospitais. Se der certo, muito bom para o Brasil, se der errado, muito ruim para quem fez o investimento errado”, afirma Fayet.
98% das exportações brasileiras são feitas através dos portos e o setor mais crítico no país é o de containers. Por outro lado, o Norte do Brasil, onde novas rotas nas fronteiras foram abertas ao agronegócio, é a grande saída para o futuro. Os sistemas portuários de Belém (PA), São Luís (MA) e Macapá (AP) são os maiores exemplos disso e onde o país fará grandes exportações de grãos nos próximos anos.