DA REDAÇÃO: Milho - Recentes altas na CBOT e valorização do câmbio refletem no mercado interno
Assim como a soja, o milho também acompanhou a volatilidade do câmbio, que passou de R$ 2,20 para R$ 2,40, juntamente com a volatilidade das cotações na Bolsa de Chicago, que subiram 60 cents, ajudando a melhorar os preços no porto ao longo do mês de agosto.
De acordo com o analista de mercado, Paulo Molinari, isso também trouxe um efeito psicológico dentro do mercado interno, com o produtor retraindo as vendas e não fixando o milho no balcão das cooperativas devido a um sentimento de preços melhores: “Os preços realmente subiram, cerca de 2 a 3 reais dependendo da localidade, mas é puro reflexo de Chicago junto ao câmbio”.
A partir de setembro, entra no mercado a safra de milho norte-americana, com 340 milhões de toneladas, o que é uma safra recorde e possivelmente trará efeitos negativos na Bolsa de Chicago. Por outro lado, o câmbio continua firme e está balizado em R$ 2,40, o que mantém os preços no porto em torno de 25 a 26 reais por enquanto. No entanto, se as cotações cederam em Chicago, haverá efeitos no mercado interno.
“As oportunidades surgiram novamente no mês de agosto, que foi bastante especulativo frente a Chicago e ao câmbio, e trouxe momentos favoráveis para os produtores irem liquidando a sua safra 2013 de milho, que ainda é muito grande e está parada nos armazéns brasileiros”, afirma Molinari.
A safra de milho do Brasil tem 82 milhões de toneladas e é preciso colocar no porto 25 milhões de toneladas ao longo do segundo semestre.