DA REDAÇÃO: Com feriado e possibilidade de chuvas nos EUA, soja e milho encerram pregão eletrônico da CBOT em baixa
Nesta sexta-feira (30), soja e milho encerraram o pregão eletrônico da Bolsa de Chicago em baixa devido a previsões climáticas com condições favoráveis ao desenvolvimento das lavouras nos EUA.
De acordo com Marcos Araújo, analista da Agrinvest, os últimos mapas climáticos apontam uma maior possibilidade de chuva no Corn Belt nos próximos 15 dias, o que faz o mercado reagir negativamente. Há também a influência de um final de semana prolongado, já que na próxima segunda-feira (2) é feriado nos EUA a e a Bolsa de Chicago não irá abrir, com isso os players que estão posicionados na compra e já ganharam dinheiro com a recente alta na bolsa, resolvem liquidar as suas posições para diminuir o risco, vendendo os contratos futuros, o que repercute negativamente nas cotações.
Essa previsão de chuvas não garante que o volume será capaz de reverter à situação de stress hídrico das lavouras, principalmente de soja. Pelo contrário, esse aumento de umidade será limitado aos estados onde a seca é mais grave, com Iowa, oeste de Illinois e Missouri, estados em que as próximas duas semanas são importantes para definição do potencial produtivo.
Araújo afirma que se as previsões de chuvas foram confirmadas apenas nesses estados, a Bolsa de Chicago deve ter novas altas na próxima semana, podendo até atingir as máximas mais uma vez.
Com a baixa nas cotações em Chicago, o volume de negócios no mercado interno diminuiu um pouco, porém, ainda assim esta semana foi aquecida, tanto para a soja da safra velha quanto para a safra nova. Segundo Aráujo, muitos produtores e cooperativas fixaram preços para a safra nova, mas a queda do dólar diminuiu um pouco o apetite pelas vendas e agora os produtores devem aguardar novas oportunidades de venda, quando as cotações em Chicago subirem.
Para o milho, como o plantio é realizado mais cedo do que o da soja, a safra já está praticamente definida e o impacto climático é menor, o que deve fazer as cotações do grão serem seguidas pelo mercado da soja. Araújo diz que não está otimista com os preços do milho em curto prazo, já que existe muito milho para entrar no mercado, o que deve manter os preços pressionados com viés de baixa.