DA REDAÇÃO: Colheita do milho começa nos EUA e pressiona preços em Chicago; soja se sustenta no clima, mas tem dia de perdas
Após expressivas altas registradas na sessão anterior, os contratos futuros da soja encerram a quarta-feira (04) em queda demais de 30 pontos nos principais vencimentos negociados na Bolsa de Chicago. Analistas afirmam que o movimento do dia foi de realização de lucros, mas os fundamentos de falta de chuvas no Meio-Oeste norte-americana dão sustentação para os preços.
Segundo o analista da Safras & Mercado, Paulo Molinari, além do movimento técnico registrado no dia, o mercado se posiciona frente às colheitas antecipadas de milho do Corn Belt já que os pequenos volumes pressionam as cotações e apontam para um bom rendimento do cereal. Para a soja, diante da previsão de clima seco e quente também para os próximos dias, a expectativa é de recuperação dos preços internacionais.
A dúvida sobre o rendimento final da safra de soja dos Estados Unidos tem preocupado muito o mercado que tem também na demanda um fator fundamental para os preços futuros. Assim, Molinari avalia que os preços de fato serão formados após os próximos relatórios de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e com a efetivação da colheita da oleaginosa.
Com o avanço nos preços em Chicago na última semana, os brasileiros aproveitaram também a alta que o dólar tem registrado para avançar na comercialização da soja. No entanto, o analista aconselha ao produtor do Brasil continuar observando o mercado climático nos EUA, a evolução dos preços internacional e a moeda norte-americana para garantir ainda melhores rentabilidades pelos próximos meses que antecedem o início da temporada 2013/14 no país.