DA REDAÇÃO: Soja – Mercado aguarda relatório do USDA e opera com volatilidade

Publicado em 10/09/2013 13:34 e atualizado em 10/09/2013 17:17
Grãos: Focado no clima, mercado internacional de grãos opera com volatilidade em Chicago. Apesar de chuvas no meio-oeste dos EUA, problemas com a seca continuam. Relatório que será divulgado pelo USDA, nesta quinta-feira (12), pode reduzir os números da safra norte-americana.

Nesta terça-feira (10), os futuros da soja terminaram o pregão regular com pequenas quedas, próximos da estabilidade. O contrato setembro/13 fechou a sessão cotado a US$ 14,03/bushel com perda de 0,50 ponto. Já os futuros do milho, encerraram o dia em campo misto na Bolsa de Chicago, enquanto que os do trigo registraram leves ganhos.

O economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter, explica que o mercado internacional de grãos permanece focado no clima no Meio-Oeste dos Estados Unidos. Mesmo com as chuvas esparsas nos estados de Iowa, Illinois e Minnesota, os problemas com a seca continuam.

“Estamos vivendo um momento de expectativa e sensibilidade do mercado, diante dos fatores climáticos e dúvidas sobre a quebra na safra norte-americana. Por isso, não temos uma definição, um direcionamento dos preços futuros”, destaca Motter. 

Frente a essa situação, a expectativa dos investidores é que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revise as projeções para a safra do país, no próximo relatório de oferta e demanda que deve ser divulgado nesta quinta-feira (12). No último boletim, o departamento já reduziu em 4,5 milhões de toneladas as estimativas para a produção de soja. 

Em contrapartida, o órgão norte-americano reportou um leve corte nas condições boas ou excelentes das lavouras dos EUA, no relatório de acompanhamento de safras divulgado nesta segunda-feira (9). No caso da soja, as plantações em boas condições caíram de 54% para 52% e no milho, o índice passou de 56% para 54%. 

Mercado interno – Nos últimos dias, os preços praticados no mercado interno recuaram em torno de R$ 5,00, em decorrência da redução na taxa de cambial. Nesta terça-feira (10), o dólar é cotado a R$ 2,28, fator que enfraquece a formação das cotações domésticas. 

Consequentemente, os produtores brasileiros têm retraídos as vendas, no entanto, as empresas, multinacionais acabam mantendo os preços mais altos. “A formação dos preços interno caíram, mas os negócios saem apenas a R$ 3,00 ou R$ 2,00 abaixo do que foi negociado no mercado momento há dez dias”, sinaliza Motter.

Por outro lado, o economista ainda orienta que os produtores participem do mercado, já que a perspectiva ainda é de bons preços, em função da quebra na safra dos EUA. Já na safra nova, os agricultores já fixaram em torno de 30% da produção. Porém, a expectativa é que esse número aumente para 50% até a entrada da safra brasileira no mercado. “Vale lembrar, que este ano temos preços médios melhores do que os do ano passado”, ressalta. 

Milho – No caso do milho, o mercado interno ainda depende da situação internacional. As lavouras norte-americanas do cereal não sofrem tato o impacto da seca. Então, a estimativa é que seja colhida uma safra recorde ou próxima disso, situação que deve pesar sobre os preços futuros do cereal em Chicago. 

“Tudo indica que teremos preços acomodados. No Brasil, o Governo ajudou a enxugar o mercado com os leilões de Pepro. Mas, hoje, a Conab divulgou que a safra deste ano deve ser superior a 81 milhões de toneladas, com consumo interno de 53 milhões de toneladas, portanto, deveríamos caminhar para exportarmos mais de 20 milhões de toneladas”, acredita Motter. 

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Por:
João Batista Olivi/Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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