DA REDAÇÃO: Sucroalcooleiro – Demanda maior que a oferta deve impulsionar preços no início da safra 2013/14

Publicado em 10/09/2013 13:49 e atualizado em 10/09/2013 17:54
Sucroalcooleiro: Nas últimas 4 safras, produção de cana-de-açúcar foi melhor e a tendência é que no começo das próximas safras a demanda deve ser maior do que capacidade instalada, impulsionando os preços de todos os produtos do setor. No Nordeste, o clima seco tem prejudicado a produção de cana.

Este ano, a relação da oferta de cana-de-açúcar é melhor, em comparação com as 4 últimas safras. A produção da região Centro-Sul do país apresentou um crescimento expressivo, em relação à safra anterior. A tendência é que no começo das próximas duas safras a demanda deve ser maior do que a capacidade instalada, situação que deve impulsionar os preços de todos os produtos do setor.

Segundo o diretor da Datagro, Guilherme Nastari, explica que durante o Proálcool e a frota flex, a demanda esteve acima da oferta, situação que estimulou os investimentos em usinas. E a expectativa é que essa situação se repita nos próximos 14 meses. 

Em contrapartida, os custos de produção estão maiores nesta safra, enquanto que o preço médio do ATR está mais baixo, frente aos valores registrados em 2012. “Então, o resultado final está pior, não só por conta da queda nas cotações, mas também pelo aumento dos custos de produção”, ratifica o diretor.

Frente a esse cenário, os produtores estão dando preferência para a produção de etanol, para tentar controlar o excesso de oferta de ATR no mercado. Os agricultores estão preferindo fazer o etanol hidratado. No ano passado, cerca de 50,2% da produção do Centro-Sul foi destinada a produção de etanol, já nesta safra o número foi de 54%.

“A região está mais preocupada em produzir mais etanol do que açúcar, no curto prazo, para estimular o ajuste de oferta e demanda de açúcar no mercado. Além disso, o câmbio tem maquiado a competitividade do país e com os preços menores temos menos competidores internacionais”, afirma Nastari. 

Ainda nesta terça-feira (10), o Governo aprovou o subsídio aos produtores nordestinos, de R$ 12,00 por tonelada, para dar suporte aos preços. Na visão do diretor, as medidas são importantes e já deveriam ter sido divulgadas. Nas últimas produções, o clima seco tem prejudicado severamente o rendimento agrícola da região, diminuindo a quantidade de produto acabado, álcool e açúcar. 

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Por:
João Batista Olivi/Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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