DA REDAÇÃO: Mercado climático pressiona Chicago nesta segunda-feira (16)

Publicado em 16/09/2013 16:36 e atualizado em 16/09/2013 19:41
Soja: previsão de chuva para o meio-oeste americano e proximidade da colheita fazem mercado recuar em Chicago. Produtores brasileiros não devem se assustar com movimento de baixa no curto prazo já que novos repiques poderão acontecer até o final do ano.

Após chuvas no Meio-Oeste norte-americano, mercado futuro da soja termina o pregão regular desta segunda-feira (16) em baixa de mais de 30 pontos na Bolsa de Chicago. Analistas afirmam que, apesar de insuficientes para reverter os danos causados pela estiagem, este foi um fator importante para o recuo registrado nesta sessão.

Segundo o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos, o Estado de Iowa recebeu suas primeiras chuvas no mês de setembro, cerca de 4,06 milímetros no último domingo (15). No entanto, o volume ainda não é suficiente para aliviar os efeitos da seca, que começou no meio do verão americano. As precipitações vieram mais como um resfriamento das altas temperaturas da última semana.

Novas previsões apontam que nesta semana ainda deve chover mais em Iowa. Na área metropolitana de Des Moines, há de 50 a 60% de chance de tempestade na terça-feira e 30 a 40% de chance na quarta e na quinta-feira, de acordo com o National Weather Service.

Assim, de acordo com o consultor em agronegócio Ênio Fernandes, as perdas registradas nas lavouras de soja devido ao atraso no plantio e à severa seca são irreversíveis na produção total do país. O mercado ainda especula o real volume a ser colhido nesta temporada nos EUA, enquanto aguarda a entrada das primeiras colheitas nas próximas duas ou três semanas.  

Novas altas não estão descartas aos preços internacionais. Para Fernandes, o mercado será climático até que os primeiros volumes colhidos de soja norte-americana entrem no mercado. Passado o período, os fundamentos de oferta e demanda voltarão a exercer influência sobre os preços, uma vez que a demanda, principalmente da China, continua em constante aquecimento neste ano. Além disso, a recente queda nos preços internacionais tende a atrair cada vez mais compradores ao mercado de grãos.

Este cenário de oferta muito restrita e demanda aquecida deve fundamentar também os preços durante a temporada de plantio da safra na América do Sul. No Brasil, o prêmio pago pela soja ainda disponível continua alto e, junto com a valorização do dólar, irá continuar remunerando o produtor.   

"O mercado não vai despencar ladeira abaixo, mas também não subirá como um foguete. Preços para o novembro abaixo de US$ 13/bushel ou para maio 2014 menores do que US$ 12 seriam uma surpresa. Então, acredito que os produtores devem observar os melhores momentos para realizar suas vendas e, com certeza, suas margens de renda serão garantidas", disse Ênio Fernandes. 

 

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Por:
Aleksander Horta e Juliana Ibanhes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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