DA REDAÇÃO: Chuvas nos EUA podem estagnar perdas nas lavouras de soja
Nesta quinta-feira (19), a soja encerrou o pregão eletrônico da Bolsa de Chicago com boas altas e o milho também avançou.
Durante o final de semana choveu no Meio-Oeste norte-americano, mas, embora já seja tarde, pode ser um alívio para as lavouras de soja mais atrasadas, que podem estagnar as perdas previstas.
A partir disso, de acordo com Camilo Motter, da Granoeste Corretora de Cereais, houve dois fatos importantes que influenciaram o mercado. O primeiro foi à informação de que houve grandes exportações dos EUA, principalmente para a China, mas também para outros países, e em um volume superior a 2 milhões de toneladas, o que mostra que a demanda segue bastante firme. Além disso, a decisão do Banco Central dos EUA de continuar mantendo os estímulos a economia do país causa pressão sobre a taxa de juros e uma certa fuga de dólares como investimento e ainda uma estabilização das moedas ao redor do mundo, o que provoca aplicações financeiras também em commodities.
“Com esses fatores, se de um lado existe uma forte demanda física com as exportações anunciadas ontem (18), de outro lado também há uma mobilização financeira para títulos e, sobretudo, para fundos de investimentos que aplicam em commodities, o que são razões para o mercado voltar a se sustentar”, afirma Motter.
Nesse momento, a tendência do mercado é de estabilidade, mas podem surgir novas informações sobre a safra dos EUA, como um excesso de chuvas nos próximos dias, uma vez que a colheita do milho já está em andamento e a da soja está começando, mas tendem a ser um pouco paralisadas com as chuvas. Além disso, ainda pode ocorrer geadas no fim deste mês nos EUA, o que colocaria o mercado em outros patamares, ou seja, a safra norte-americana ainda pode trazer novidades em termos de volume de produção.
Mercado Interno: No oeste do Paraná (PR), nos últimos 2 dias os preços cederam de forma acentuada, caindo de uma faixa de R$ 74,00/saca para R$ 70,00/saca. No Porto de Paranaguá os preções tiveram uma queda de R$ 78,00/saca para R$ 73,00. No mercado de balcão com preços pagos pelas cooperativas e cerealistas ao produtor, o preço tem se mantido na casa de R$ 63,00/saca, mas já atingiu R$ 65,00 alguns dias atrás.