DA REDAÇÃO: Com entrada da safra norte-americana, grãos operam em baixa na CBOT

Publicado em 20/09/2013 09:10 e atualizado em 20/09/2013 14:27
Grãos: Início da colheita da safra norte-americana pesa sobre o mercado e preços futuros recuam em Chicago. Além disso, China, maior importadora de soja, está fora do mercado devido ao feriado no país. USDA aponta estoques da oleaginosa ajustados nos EUA em 2014, o que deve promover boas oportunidades para os produtores brasileiros.

Nesta sexta-feira (20), soja e milho operam em baixa na Bolsa de Chicago. A queda que acontece nesse momento é natural e já era esperada pelo mercado devido à entrada da safra-norte americana, porém as cotações não devem se manter assim por muito tempo.

De acordo com o Consultor em Agronegócio, Ênio Fernandes, é normal uma acomodação dos preços agora, mas o relatório que o USDA publicou no último dia 12 mostra um estoque de passagem muito apertado nos EUA no decorrer de 2014. Com isso, esse estoque apertado irá promover grandes oportunidades para o produtor brasileiro e sul-americano travar vendas.

Hoje (20), a China também inicia um feriado que vai até a próxima segunda-feira (23), o que retira o maior comprador do mundo do mercado. Além disso, os EUA já está em processo de colheita de milho e soja, com as primeiras áreas de soja sendo colhidas em Nebraska, Ohio e Iowa, o que também colabora com a pressão nas cotações nesta sexta-feira (20).

No entanto, Ênio afirmar que a tendência de um mercado firme para a soja não quer dizer que não haverá volatilidade, pelo contrário, irão ocorrer realizações de lucros ou movimentações frente a alguma notícia financeira, porém, fundamentalmente e estruturamente, o mercado é promissor para a soja.

Já o mercado do milho ainda tem um grande volume para ser comercializado no Brasil, o estoque de passagem será muito alto e os EUA está com uma safra de 350 milhões de toneladas, o que gera um cenário mais negativo para os preços.

Ainda nesta semana, o Banco Central dos EUA decidiu manter a política de estímulos à economia do país, surpreendendo o mercado que aguardava uma alta no câmbio. Com isso, nesse momento os investidores estão desmontando as posições compradas em dólar, não só no Brasil, como também em outros países.

Segundo Ênio, esse movimento ainda está em processo e o consultor não acredita em um dólar muito mais baixo, uma vez que o Banco Central dos EUA ainda pode mexer na taxa de juros do país: “Para o produtor brasileiro, toda vez que o dólar sobe ele ganha muito mais do que paga em custo. Porém, estamos passando por um momento com a safra norte-americana entrando no mercado ao mesmo tempo em que o dólar está em baixa, mas eu não vejo isso como um risco”.

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Por:
Kellen Severo e Paula Rocha
Fonte:
Notícias Agrícolas

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