DA REDAÇÃO: Soja fecha em baixa na CBOT frente à pressão sazonal da safra norte-americana

Publicado em 23/09/2013 17:06 e atualizado em 23/09/2013 19:50
Soja: início da colheita nos EUA deve continuar pressionando mercado nas próximas duas semanas. A partir daí, cotações devem ser influenciadas pelas condições de plantio na América do Sul.

Nesta segunda-feira (23), a soja fechou em baixa na Bolsa de Chicago, com perdas de 2 a 8 pontos nos principais vencimentos, enquanto o milho e o trigo encerraram com leves altas.

De acordo com o consultor de mercado, Glauco Monte, a soja vem em uma tendência baixista mesmo com o USDA divulgando estoques finais apertados para os EUA. Porém, com a entrada da safra norte-americana e com um clima favorável ao desenvolvimento da colheita nas próximas duas semanas isso pressiona os preços.

A força do mercado climático com uma queda mais expressiva nas cotações já deve ter passado, a não ser que haja problemas na colheita daqui para frente. Em rendimento os números da safra dos EUA não devem mudar muito em relação ao que o USDA divulgou em seu último relatório, já que ocorreram algumas chuvas na última semana que podem ter ajudado as lavouras a não se deteriorarem mais e o país deve ter uma produção em torno de 86 milhões de toneladas.

“Se os números de exportação e consumo interno forem os mesmos divulgados pelo USDA, os EUA não terá estoques confortáveis. No entanto, agora a pressão é pela entrada da safra norte-americana e logo o mercado começará a falar da safra brasileira, com um mercado climático que começará no Brasil, mas nas próximas duas semanas o mercado deve se manter mais pressionado pela safra dos EUA, a não ser que haja alguma notícia de rendimento ruim, porém, até o momento, isso não aconteceu”, afirma Glauco.

Após a passagem dessa pressão sazonal, o mercado irá monitorar as vendas de exportação e as vendas no mercado interno dos EUA, uma vez que se ocorrerem mais exportações com um aperto no país até a entrada da safra brasileira em março pode haver movimentos de alta parecidos com os do ano passado.

Nesse momento, como a queda no câmbio afeta o preço em reais para o produtor, dificilmente irão ocorrer preços altos como há um mês, mas os agricultores ainda terão oportunidades para realizar vendas mais a frente, enquanto isso aquele produtor que não vendeu pode aguardar mais um pouco sabendo que o mercado terá, pelo menos, mais duas semanas de pressão nos preços.

Milho: O grão fechou com leves altas nesta segunda-feira (23) devido a um ajuste técnico de posições seguindo o trigo porque o milho já estava mais descontado, uma vez que não houve problemas com a safra dos EUA e o país terá uma grande produção.

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Por:
Aleksander Horta e Paula Rocha
Fonte:
Notícias Agrícolas

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