DA REDAÇÃO: Com previsão de chuvas de granizo na região Sul, trigo do PR pode ser ainda mais prejudicado

Publicado em 15/10/2013 09:44 e atualizado em 15/10/2013 13:46
Trigo: Chuvas de granizo previstas para o Paraná podem comprometer ainda mais a produção do grão no estado. Oferta está bastante ajustada, preços estão em bons patamares, no entanto, qualidade do cereal está sendo comprometida pelas condições adversas de clima. Problema se estende por países produtores na América do Sul e na região do Mar Negro.

Nesta terça-feira (15), o Instituto Nacional de Meteorologia divulgou que há uma possibilidade de chuvas de granizo atingirem os estados do Sul do país, especialmente no Paraná (PR).

Segundo o analista da AF News, Gabriel Martins Ferreira, essa informação é delicada porque as partes norte e oeste do estado do PR já foram bastante prejudicadas pelo excesso de chuvas, que diminuiu a qualidade do cereal, e também por geadas: “O que resta agora no PR é a colheita na região de Guarapuava e dos Campos Gerais, porção que os moinhos esperavam com mais ansiedade, uma vez que seria o único trigo do estado com aptidão para farinha, mas se essas chuvas se concretizarem será bastante ruim para a qualidade do trigo”.

Por outro lado, até o momento a grande expectativa é que o trigo do Rio Grande do Sul (RS) não tenha grande um impacto climático, sendo que apenas as lavouras mais precoces sofreram com chuvas de granizo e com alguma geada tardia e o restante, a porção mais alta do estado, ainda tem esperança de boa produtividade. Os moinhos do Paraná, Santa Catarina (SC) e São Paulo (SP) aguardam esse trigo, o que é positivo para os preços do produtor do RS.

No mercado interno, os atuais preços estão bastante valorizados devido à falta de produto. O trigo da Argentina terá, no máximo, 4 milhões de toneladas disponíveis, mas o governo do país não definiu políticas claras para as exportações, que seriam a chave para o Brasil. Além disso, de acordo com Ferreira, o Brasil tem um prêmio muito grande de qualidade, que é o que o país busca nas importações, já que o RS terá uma colheita em quantidade, mas sem qualidade panificável e de massas, sendo que a Austrália e a Europa também estão com problema de baixa proteína no trigo.

Com isso, o trigo de qualidade estará caro em todo o ano safra, o que indica uma boa renda para o produtor que tiver um cereal com qualidade, principalmente na segunda metade do ano safra, passando janeiro, fevereiro e março, quando seria o pico das exportações do MERCOSUL, e o Brasil teria que olhar novamente para o trigo do hemisfério norte. Porém, este ano há o agravante de não haver os estoques da Conab, a qual sempre atua a partir de abril e maio equalizando os preços internos.

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Por:
Kellen Severo e Paula Rocha
Fonte:
Notícias Agrícolas

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