DA REDAÇÃO: Milho confirma dia de perdas no mercado global
Sob o impacto da divulgação de relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que confirmou uma grande safra de milhos nos Estados Unidos, mais a perspectiva da entrada da segunda safra de milho no Brasil, confirmaram a expectativa de perdas nesta quarta-feira (11) na CBOT (Bolsa de Valores de Chicago) e na BM&F (Bolsa de Mercadoria e Futuros de São Paulo), respectivamente.
Na bolsa norte-americana, “o impacto no mercado veio no sentido de consolidar a expectativa de uma grande safra”, falou Pedro Arantes, economista e analista de mercado da Faeg (Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás). “O mercado já vinha absorvendo essa expectativa e ajustando os preços. Num primeiro momento, o mercado caiu, mas eu acredito que grandes perdas não devam se consolidar no Brasil”, avaliou.
No cenário brasileiro, Arantes lembrou que o milho está entrando agora na fase de colheira de uma boa safra e as exportações até então estão lentas, pois o produto ainda está acima do valor de paridade, que é de R$ 17,40. No mercado internacional, ainda existe a sinalização de que a China e a Rússia devam aumentar um pouco mais a importação do cereal, mas a tendência de queda deve permanecer até que as mercadorias se consolidem. O mesmo assim que as exportações só se tornarem viáveis.
Enquanto isso não acontece e já visando conter essa queda iminente, o Governo Federal poderá realizar suas operações de compra assim que começar a safra. Esse cenário atinge tanto o Mato Grosso, como algumas regiões de Goiás (Mineiros e Rio Verde), onde o preço já está bem próximo do valor mínimo. “Nós já vamos de imediato fazer as solicitações para que fique tudo pronto. A tendência é de encostar, então deixaremos o governo em alerta”, disse o analista.