DA REDAÇÃO: Produtores do Oeste do MT estão preocupados com queda dos preços do milho

Publicado em 12/06/2014 19:19 e atualizado em 13/06/2014 12:30
Milho: Produtividade da safrinha está em alta na região de Sapezal-MT, porém, preços vêm caindo. Preço mínimo na região é R$ 13,20 e produtores não querem precisar recorrer ao prêmio do governo, já que os prêmios do ano passado ainda não chegaram às contas dos beneficiados.

Apesar da alta produtividade na segunda safra (safrinha) do milho no Oeste do Mato Grosso, o preço do grão sofreu quedas consecutivas nas últimas semanas. No início de maio, o produto chegou a ser vendido a R$ 22 contra R$ 16, do valor que chegou a ser obtido nesta quinta-feira (12). O preço de venda do milho já se aproxima do valor mínimo, que é R$ 13,20, e a expectativa dos produtores locais é de que esse patamar não seja atingido para que não seja necessário recorrer ao prêmio do governo.

Segundo Cláudio José Scariote, presidente do Sindicato Rural de Sapezal (MT), no Oeste do estado, a maioria dos produtores ainda não começou a colheita devido à alta umidade das lavouras em virtude do excesso de chuvas na região. Para ele, a produção do milho plantado em março deve até superar a do grão plantado em janeiro.

A sucessiva queda do preço preocupa os produtores, pois o valor se aproxima de atingir o preço mínimo. “Nós não gostaríamos de usar novamente o prêmio do governo, pois é um processo moroso. A maioria dos prêmios do ano passado nem chegou na conta do produtor ainda. Seria muito desgastante fazer todo aquele processo junto à Conab (Companhia Nacional de Abastecimento)”, explicou Scariote.

Para cobrir os custos da produção, que estão se elevando, é necessário de que o milho permaneça na faixa dos R$ 14. “Se nós vendermos a R$ 13 estaremos perdendo dinheiro na nossa região”, disse o presidente.

A segunda safra do milho é de grande importância para os produtores da região, pois, além de manter as fazendas em atividade durante todo o ano, ajuda no combate à ferrugem da soja, principal produto de exportação do país. A antecipação do plantio da soja para evitar o fungo abriu espaço para uma nova cultura. “Ninguém planta para não ter lucro, mas ao fazer as contas vemos que é inviabilizado manter a terra parada. Tem que plantar o milho, talvez utilizar uma tecnologia mais baixa. Temos de achar um meio para produzirmos e segurarmos os funcionários dentro da fazenda, sem ter uma escala de três a quatro meses sem fazer nada”, falou Scariote.

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Por:
João Batistas Olivi // Fernando Pratti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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