ENTREVISTA: Confira a entrevista com Élio Micheloni Jr. - Gradual Investimentos

Publicado em 25/06/2014 12:44 e atualizado em 26/06/2014 16:16
Boi: escalas de abate registram ligeiro aumento com elevação na oferta de animais confinados. Por enquanto oferta está ajustada à demanda, mas qualquer baixa no consumo pode pressionar cotações a partir de agora.

O volume de abate de animais confinados registrou elevação na última semana e esse aumento pode pressionar a cotação do boi gordo caso ocorra queda no consumo de carne.

De acordo com a observação do analista de mercado Élio Micheloni Jr. da Gradual Investimentos, nesse momento, a oferta está adequada à demanda. “Não poderia dizer que tem uma pressão ainda. O que a gente observa, principalmente aqui no estado de São Paulo, é que ocorrem mais negócios com bois de cocho, que seria o boi de julho”, afirma.

Em época de eleições, geralmente, a demanda é maior e com a copa acontecendo no Brasil, o brasileiro passou a consumir mais carne para fazer churrasco. Mas, apesar desses eventos, a estimativa inicial de vendas para essa época do ano não foi alcançada, segundo Micheloni. Um fator que influencia esse cenário é o aumento da inflação, que está corroendo o salário do consumidor brasileiro.

Em relação às escalas de abate, nesse momento, foi registrado o período de cinco a sete dias e a expectativa é de que não passe de dez dias. “Não acredito em oferta muito forte para alongar escala. Porém, se nós olharmos o lado da demanda, este tira um pouco da vontade do frigorífico de comprar e, também de fazer escalas longas, porque a demanda segue abaixo do esperado para o mercado”, analisa o especialista.


Cenário Brasil exportador positivo

Em relação ao mercado internacional, as exportações estão firmes desde o começo desse ano. Desde 2012, houve um crescente volume de importação por parte da China e Irã, depois que as barreiras do comércio foram diminuídas. Os Estados Unidos devem comprar carne brasileira ainda este ano, uma vez que a produção americana está em queda.

Embora haja ritmo positivo nas exportações, a questão da retração do mercado interno ainda precisa ser solucionada. Segundo Élio Micheloni Jr. o mercado interno é mais forte que o externo, entretanto se não fosse pela venda externa, o mercado sofreria recessão, sendo necessário promover estratégias de fortalecimento da economia com resultados positivos a longo prazo “Existe um segmento de economistas que aposta em deflação já no segundo semestre e crescimento do PIB a zero. Então, você não tem um cenário de curto prazo muito positivo”, disse.

 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Por:
Notícias Agrícolas//Aleksander Horta//Vanessa Cagliari
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário